Daniel Fontoura Loss, mais conhecido como Dani, nasceu no dia 1° de outubro de 1982, em Guarapuava-PR. Caçula em uma pequena família, dividia com sua irmã, as atenções.
Teve uma infância normal. Aos oito anos entrou para o Grupo Escoteiros de Guarapuava, onde recebeu diversas medalhas.
Dani, como criança que era, seguia sua vida de estudos, aventuras, traquinagens e brincadeiras. Não sabia, entretanto, o que estava por vir.
Tempos depois, alguns comportamentos começaram a atrair a atenção da família. Dani consumia uma quantidade excessiva de água. Sua perna estava visivelmente entortando.
Um dia, em meados de 1995, foi acompanhar um primo em uma consulta para marcação de uma cirurgia ortopédica. Casualmente, o médico foi solicitado a fazer uma avaliação também nas pernas do Dani. Constatou-se que uma pequena cirurgia resolveria o problema.
A cirurgia foi marcada e os exames de rotina começaram.
Surpresa!!!!
Os resultados mostraram que Dani estava com insuficiência renal severa. Um de seus rins já estava paralisado e o outro em processo degenerativo.
As brincadeiras e os sorrisos deram lugar a preocupações e incertezas. Vieram as batalhas. O que fazer???
A única chance de uma vida normal seria o transplante.
Sua família, de classe média, não possuía os recursos necessários para todo o tratamento. O sistema público de saúde sinalizou com uma longa espera para a cirurgia de transplante. Não havia tempo a perder.
Os exames detectaram que havia em sua família um doador compatível, sua mãe Sueli.
Agora, havia o problema financeiro. Várias campanhas e jantares foram feitos para arrecadação de recursos. A família se uniu. A foto do Dani e a sua história foram espalhadas por toda a cidade. A dor que une a despertou . A solidariedade venceu. A resposta veio em salões lotados de pessoas participando da campanha.
Escoteiros cobravam pedágio nas principais vias de Guarapuava para ajudar o companheiro.
Apesar da cooperação, o valor arrecadado ainda não era suficiente.
Mas quando tudo se torna impossível ao homem, é hora da ação divina. E para Deus não há barreiras, não há impossível.
Em uma conversa informal com um amigo, Dr. João Dias, seu primo Paulo relata a história. A resposta foi imediata. O amigo, médico em Guarapuava, disse que poderia ajudar. Ninguém, entretanto, podia imaginar a extensão da ajuda.
O Dr. João Dias, em pouco tempo, conseguiu marcar a cirurgia, que seria realizada em Curitiba.
Toda a família se mudou por um tempo para a Capital, a fim de acompanhar o tratamento.
Próximo à cirurgia, Dani já não conseguia mais caminhar normalmente. Precisava de muletas. Como entregá-las a um menino de quatorze anos que nasceu e caminhou até aquele dia???
Paulo, com a difícil tarefa, se aproximou dele e, com o par de muletas, disse: "tá ficando importante, ein" "o único da família que agora tem secretária". Ele sorriu e passou a usá-las, resignadamente.
Era setembro de 1996. Chega o dia da cirurgia. A expectativa, a ansiedade, as dúvidas não pareciam atingi-lo. Estava sempre sorrindo.
A cirurgia foi um sucesso. As orações e súplicas foram ouvidas.
Dani formou-se em Enfermagem no final do 2007. Hoje, doze anos após a cirurgia, trabalha em Guarapuava, na saúde pública, exercendo sua profissão.
Dani é a prova de que o amor é capaz de enfrentar e vencer todas as batalhas. Sua mãe, por duas vezes, lhe deu a vida.
Raquel Tinoco e Paulo Slompo
Foto 1: Daniel e seus pais, João e Sueli Loss
Foto 1: Daniel em sua formatura
Foto 1: Daniel em sua formatura
2 comentários:
Oi Raqueol, adorei a história, realmente foi um periodo de muita provação, vencida com a graça do bom Deus!
Ahhh, nao posso deixar de dizer que as secretárias ajudaram (e ajudam) mt gente ainda (rs)!
Um forte abraço pra vcs ai, venham logo pra cá!
até logo!
Olá Dani. Imagino que tenha sido, mas conseguiu vencer. Também estamos com saudades. Beijos
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