domingo, 16 de novembro de 2008

Histórias de Sucesso

Daniel Fontoura Loss, mais conhecido como Dani, nasceu no dia 1° de outubro de 1982, em Guarapuava-PR. Caçula em uma pequena família, dividia com sua irmã, as atenções.

Teve uma infância normal. Aos oito anos entrou para o Grupo Escoteiros de Guarapuava, onde recebeu diversas medalhas.

Dani, como criança que era, seguia sua vida de estudos, aventuras, traquinagens e brincadeiras. Não sabia, entretanto, o que estava por vir.

Tempos depois, alguns comportamentos começaram a atrair a atenção da família. Dani consumia uma quantidade excessiva de água. Sua perna estava visivelmente entortando.

Um dia, em meados de 1995, foi acompanhar um primo em uma consulta para marcação de uma cirurgia ortopédica. Casualmente, o médico foi solicitado a fazer uma avaliação também nas pernas do Dani. Constatou-se que uma pequena cirurgia resolveria o problema.

A cirurgia foi marcada e os exames de rotina começaram.

Surpresa!!!!

Os resultados mostraram que Dani estava com insuficiência renal severa. Um de seus rins já estava paralisado e o outro em processo degenerativo.

As brincadeiras e os sorrisos deram lugar a preocupações e incertezas. Vieram as batalhas. O que fazer???

A única chance de uma vida normal seria o transplante.

Sua família, de classe média, não possuía os recursos necessários para todo o tratamento. O sistema público de saúde sinalizou com uma longa espera para a cirurgia de transplante. Não havia tempo a perder.

Os exames detectaram que havia em sua família um doador compatível, sua mãe Sueli.

Agora, havia o problema financeiro. Várias campanhas e jantares foram feitos para arrecadação de recursos. A família se uniu. A foto do Dani e a sua história foram espalhadas por toda a cidade. A dor que une a despertou . A solidariedade venceu. A resposta veio em salões lotados de pessoas participando da campanha.

Escoteiros cobravam pedágio nas principais vias de Guarapuava para ajudar o companheiro.

Apesar da cooperação, o valor arrecadado ainda não era suficiente.

Mas quando tudo se torna impossível ao homem, é hora da ação divina. E para Deus não há barreiras, não há impossível.

Em uma conversa informal com um amigo, Dr. João Dias, seu primo Paulo relata a história. A resposta foi imediata. O amigo, médico em Guarapuava, disse que poderia ajudar. Ninguém, entretanto, podia imaginar a extensão da ajuda.

O Dr. João Dias, em pouco tempo, conseguiu marcar a cirurgia, que seria realizada em Curitiba.

Toda a família se mudou por um tempo para a Capital, a fim de acompanhar o tratamento.

Próximo à cirurgia, Dani já não conseguia mais caminhar normalmente. Precisava de muletas. Como entregá-las a um menino de quatorze anos que nasceu e caminhou até aquele dia???

Paulo, com a difícil tarefa, se aproximou dele e, com o par de muletas, disse: "tá ficando importante, ein" "o único da família que agora tem secretária". Ele sorriu e passou a usá-las, resignadamente.

Era setembro de 1996. Chega o dia da cirurgia. A expectativa, a ansiedade, as dúvidas não pareciam atingi-lo. Estava sempre sorrindo.

A cirurgia foi um sucesso. As orações e súplicas foram ouvidas.

Dani formou-se em Enfermagem no final do 2007. Hoje, doze anos após a cirurgia, trabalha em Guarapuava, na saúde pública, exercendo sua profissão.

Dani é a prova de que o amor é capaz de enfrentar e vencer todas as batalhas. Sua mãe, por duas vezes, lhe deu a vida.

Raquel Tinoco e Paulo Slompo

Foto 1: Daniel e seus pais, João e Sueli Loss
Foto 1: Daniel em sua formatura

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Raqueol, adorei a história, realmente foi um periodo de muita provação, vencida com a graça do bom Deus!
Ahhh, nao posso deixar de dizer que as secretárias ajudaram (e ajudam) mt gente ainda (rs)!

Um forte abraço pra vcs ai, venham logo pra cá!

até logo!

Professora Raquel Tinoco disse...

Olá Dani. Imagino que tenha sido, mas conseguiu vencer. Também estamos com saudades. Beijos

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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