Desde que o Jiló se foi, faltava alguma coisa por aqui. Um sorriso, um latido, um cachorro deitado ao lado da cama, embaixo do rack, latindo com a Mel, fazendo travessuras, subindo na cama da Ruth e dando-lhe lambidas no rosto...
Não teve jeito. Foi como um vício. Precisava ver um pastor correndo pelo quintal, andando atrás de mim. A saudade do Jiló só aumentava, aumentava... Eu sei, jamais irei esquecê-lo, a saudade apenas é amenizada pelo tempo.
Aí apareceu o Joca. Na realidade, aconteceu como acontece sempre. O nome veio antes do cachorro.
No sábado, após a morte do Jiló, subi a Terê atrás de um pastor alemão. Cheguei tarde ao local dos filhotes, mas encontrei alguém que criava. Joca não estava lá, chegaria no dia seguinte. Decidi que se tivesse que ser nosso, seria. Autorizei a venda para outra pessoa que o quisesse no domingo e continuei, com Paulo, a busca pela internet. Nada!!!
Quinze dias se passaram. Sábado, dia 18, aniversário da Ruth, uma ligação. Joca não tinha sido vendido. Era o último da ninhada. Fizemos uma oferta. Aceita!!! Subimos ansiosos e quando o segurei no colo, ele grudou no meu pescoço, lambeu meu rosto e lembrei do Jiló. Era meu. A Ruth ficou radiante, um presente de aniversário especial!!!!
As semelhanças são tantas que às vezes nos pegamos chamando-o pelo nome de Jiló. Se o Jijo era 220, o Joca é 360.
Em apenas um dia:
1. Roeu dois pares de chinelos e ainda tentou roer todos os outros sapatos que viu pelo caminho.
2. Puxou a ponta da toalha da mesa onde o bolo da Ruth estava sendo preparado e só viram quando o bolo começou a "andar".
3. Pulou na tábua do bolo e quase o derrubou.
4. Trancou-se no banheiro, virou o cesto de roupa suja e ficou preso dentro dele.
5. Cavou um buraco nas plantas do Paulo e acabou com sua florzinha do coração, cultivada com tanto carinho.
6. Pulou na cama da Ruth e deu aqueeeeela lambida.
7. Puxou a almofada do sofá e saiu correndo.
Ufa!!! Acho que foi só.
Como o Jiló, apaixonou-se pela Mel.
Adivinhe onde ele está agora?