Há muitas semelhanças, muitas mesmo. Tantas que pensam até serem os mesmos cães.
A mesma implicância com o pastor do vizinho, o mesmo amor pela Mel, o mesmo jeito de se jogar no chão para dormir, a mesma forma de me acordar e, principalmente a mesma dedicação e fidelidade.
Mas, em uma coisa, o Joca superou o Jiló: subir escadas. Jiló morria de medo. Tentamos ensiná-lo por diversas vezes, sem êxito. Por isso, era o único lugar onde não conseguia me acompanhar. Enquanto eu subia para fotografar pássaros, Jiló ficava ao pé da escada esperando.

Quando pego a câmera, ele já sabe e, diferentemente do Jiló, sobe comigo as escadas, às vezes quase me derrubando para chegar na frente. Não contente com as escadas, resolveu explorar também o telhado. Vez ou outra, o silêncio da madrugada é quebrado... "blam, blam, blam". Após o susto inicial, identificamos seus passos sobre nós.

Como qualquer amiga zelosa, tenho receio. Sei lá se o Joca sai correndo atrás de um gato e resolve "voar" do telhado!!! Fico apreensiva e não resisto: "Joca, desce do telhado."
Joca... É amor demais.