domingo, 24 de outubro de 2010

O Meu Pé de Caqui...

Não sei quem o plantou, quando eu cheguei já estava aqui. Aprendi a amá-lo pelo que representa para mim. Muitos pássaros em seus frutos. 

Fico vigiando para que não tirem todos os caquis. 

"Ei, deixe alguns para os pássaros!"

Em meados deste ano, com a safra no fim, fiquei preocupada. As folhas do caquizeiro estavam secas, amareladas, seus galhos começaram a ficar limpos, como se o caquizeiro não fosse sobreviver. Subia no terraço e olhava para ele, triste. 

Os pássaros trazem alegria e cor, mas também umas sementinhas de uma planta conhecida como "erva de passarinho". Ela vai crescendo e tomando conta de toda a árvore. Havia alguns ramos na copa do caquizeiro. 

Comecei  a perturbar o Paulo. "Você tem que fazer alguma coisa, tirar aquela erva lá de cima". 

Insisti, insisti, insisti... Paulo respondia: "não adianta arrancar os ramos, preciso cortar a erva pela raiz e terei que cortar alguns galhos do pé de caqui". 

"Faça o que for preciso, mas não o deixe morrer".

Um dia o Paulo resolveu subir na árvore e podá-la. Estava preocupado em não ser a época própria para a poda e prejudicar ainda mais a planta. Mas diante da minha insistência e medo que ela morresse, podou. 

O caquizeiro agradeceu. Lembrei do Zezé, do "Meu Pé de Laranja Lima". Hoje ele está lindo!!! As folhas, enormes. Deu-nos mais uma lição de vida. 

Às vezes, quase sucumbindo, precisamos de uma "poda" para sobreviver. Podemos associar a erva de passarinho à qualquer adversidade que teima em nos derrotar. Ela vem de mansinho, quase imperceptível, uma folhinha aqui, um raminho ali e, de repente, estamos tomados pelos problemas, num emaranhado confuso de sentimentos. É preciso arrancá-la pela raiz. Não se pode deixar um pedacinho sequer ou ela retorna com força e, talvez, não resistamos mais. 

O arrancar a erva pode levar pedaços do seu próprio corpo, como os galhos do caquizeiro. Mas para renascer, às vezes é preciso quase morrer!!! É preciso ter coragem para se deixar podar.   

Para minha surpresa, há em cada galho do pé de caqui, muito mais frutos que no ano passado!!! 

Paulo me explicou que por tratar-se de uma árvore muito antiga, ela já estava em processo de dormência. Ao cortar seus galhos, por uma questão natural de sobrevivência, a árvore frutifica mais, garantindo assim, a preservação da espécie. 


Fico imaginando se um dia tiver que me mudar deste lugar. Sofro por antecipação pelo pé de caqui. 

Fotos: Raquel Tinoco
Foto 1: Saí Azul
Foto 2: Sanhaçu de encontro amarelo
Foto 3: Meu Pé de Caqui

Simples, simples assim...

Por muito cuidado que se tenha, educar é podar; deixar crescer com toda a força o ramo que nos agradou. 

Agostinho da Silva


Sabedoria Canina

1) Nunca deixe a oportunidade de sair para dar um passeio;
2) Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por puro prazer;
3) Quando alguém que você ama se aproximar, corra para saudar;
4) Quando houver necessidade, pratique a obediência;
5) Deixe outros saberem quando invadirem seu território;
6) Sempre que puder, tire uma soneca e se espreguice antes de se levantar;
7) Corra, pule e brinque diariamente;
8) Coma com gosto e entusiasmo, mas pare quando estiver satisfeito;
9) Seja sempre leal;
10) Nunca pretenda ser algo que você não é (NÃO USE MÁSCARAS);
11) Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar (NÃO DESISTA!!!);
12) Quando alguém estiver passando por um dia ruim, fique em silêncio, sente-se próximo e, gentilmente, tente agradá-lo;
13) Quando chamar atenção, deixe alguém tocá-lo;
14) Evite morder quando apenas um rosnado resolver;
15) Nos dias mornos, deite-se de costas sobre a grama (E ADMIRE O CÉU);
16) Nos dias quentes, beba muita água e descanse embaixo de uma árvore frondosa (PRECISAMOS BEBER NO MÍNIMO 2 LITROS DE ÁGUA POR DIA);
17) Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo;
18) Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que não tiver e não fique amuado. Corra imediatamente para seus amigos;
19) Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.

Nelson George Rizzo/Brasília, DF

Enviado por Katia Rocha, por e-mail.

Fotos: Raquel Tinoco
Foto 1: Glub
Foto 2: Jiló

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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