segunda-feira, 1 de março de 2010

Em meio à tempestade

Quem já entrou numa mata, num dia de chuva forte e ventos cortantes, sabe que não existe espetáculo mais sombrio nem sons mais lúgubres.

É o vento assobiando por entre os galhos de árvores, quase completamente desfolhados. É o gotejar da chuva, caindo sobre os montes de folhas secas no chão. É o sopro do vento levantando no ar as folhas, que voam para o fundo da mata, como que indo para um túmulo. São as delicadas cores dos troncos e musgos, agora manchadas e desfeitas pela água que escorre.

Como é difícil crer que uma floresta de cenário tão sombrio possa ser a mesma do verão, cheia de tanta beleza!

No entanto nós sabemos que esse mesmo vento que está agitando as árvores e zumbindo de modo tão lúgubre, essa mesma chuva que escorre, essas mesmas folhas que estão apodrecendo, irão ajudar a floresta a se "vestir" de verde.

Eles irão fazer a mata cantar de alegria e pulsar com vida. Esses ventos, esse clima adverso, contribuem para a formação de árvores fortes, de raizes profundas. Até mesmo o furacão que as desfolha e lhes quebra os galhos revitaliza sua capacidade básica, obrigando-as a exercitar mais força.

Se alguém decepar uma árvore ao meio, o tronco se tornará mais firme, mais compacto e exibirá um crescimento mais simétrico. Se ela for arrancada por uma ventania, suas sementes se espalharão e acabarão dando origem a uma nova floresta. Ao serem destruídas, tais árvores voltam para o solo, de onde vão brotar outras árvores.

Assim também nós, hoje, podemos ser mais fortes, mais puros e melhores, por causa das lágrimas, dos gemidos e dos sofrimentos de ontem. Então sabemos, e todo mundo sabe, que nossa vida está mais rica, mais equilibrada e confiável, menos egocêntrica, menos ligada àquilo que nos vem pelos sentidos. Sabemos que toda a atmosfera que nos cerca se acha mais pura e mais cheia de energia.

Aquele que sabe enxergar em meio à tempestade, as bênçãos, agradece. Ela nos sacode, libertando-nos da calmaria que enfraquece.

As tempestades fortalecem as árvores. O sofrimento deixa o homem mais forte.

Adaptado de Fontes no Vale
Lettie Cowman

Foto: Beija-flor preto sob a chuva.

Aos que sofrem...



Para Kátia, Cris, Valmir, Jorcem, Silene, Pris e tantos outros...

"Vi nascer o problema,
E o vi crescendo...
Vi-o tornar-se grande - imensurável,
E esmagar-nos a um canto - inexorável.
E sem nada entender;
E sem nada poder.

- Ó Senhor, que fazer?

A minha alma clamou,
E sofreu, e chorou,
E angustiou-se.

Mas ali, meu Senhor,
Eu Te vi bem de perto;
Conheci o Teu toque
E provei o Teu bálsamo,
Assistência e amor.

...Entender o problema?
Eu não o entendo.
Mas vi meu Deus tão grande - incomparável!
Vi Seu amor por mim - imensurável.
Seu é todo o poder;
Tudo pode fazer;
Tudo pode entender;
E é meu Pai."

Manaciais no Deserto
Lettie Cowman

Mestre dos Mestres

Pilatos cedeu diante da possibilidade de comprometer sua carreira política. Cometeu um crime contra a sua própria consciência. Talvez seu sono nunca mais tenha sido o mesmo. Entretanto, para abrandar seu sentimento de culpa, fez um gesto que iria torná-lo famoso na história: lavou as mãos.

Muitos pensam que este ato foi digno de aplausos e não poucos políticos o imitaram ao longo das gerações.

O gesto de Pilatos foi um ato tímido e injusto. Lavou as mãos, mas não podia limpar a sua consciência. A sujeira das mãos é retirada com a água; a da consciência é retirada reconhecendo erros e aprendendo a ser fiel a ela.

Também cometemos erros nessa área, embora com consequências bem menores que as dos homens que julgaram o Mestre Jesus.

Lavamos as nossas mãos nas relações sociais. Quantas vezes nos esquivamos de gastar o último recurso para estender as mãos a alguém que está ao nosso alcance atolado em seus problemas? Usamos o recurso de lavar as mãos como tentativa de nos eximir de nossas responsabilidades, como procedimento para nos proteger contra o sentimento de culpa diante de atitudes delicadas que deveríamos tomar .

Sempre que possível não deveríamos lavar as mãos. Se temos condições de ajudar alguém que não quer ser ajudado, não deveríamos desistir dele. Ninguém consegue abrir as janelas da mente de alguém que se recusa a abri-Ia. Devemos esperar uma nova rtunidade, um novo momento para ajudá-Ia, ainda que ele demore a chegar.

Jesus de Nazaré nunca lavava as suas mãos. Era poderoso, mas não subjugava ninguém com seu poder, nem quando queria e podia. Esgotava todos os recursos para ajudar o necessitados, mas sem constrangê-Ios. Esperava o momento certo para arejar os becos escuros de suas vidas.

Procurava ensiná-los de maneira sábia e agradável, mas dava tanta liberdade para as pessoas errarem quanto incontáveis oportunidades para retornarem. Não as punia, embora não concordasse com os seus erros.

Sua estratégia era fazê-las enxergar os atos errados e corrigi-los voluntariamente. Estar próximo d'Ele era um convite a rever os alicerces da vida.

Adaptado de O Mestre da Vida
Augusto Cury

Não convide elefantes solteirões para o seu casamento...


Sergio Pimenta



Sérgio Paulo Muniz Pimenta nasceu em 1954, no Rio de Janeiro.

Filho do Dr. Silas e D. Ilza, inicialmente membros da igreja congregacional e depois presbiterianos, de origem simples, moradores da zona norte do Rio. Ele militar, médico do Exército, perfil meio sisudo e ela mãe do tipo gentil, alegre, sorriso largo. Gente simples está certo, mas não gente comum. A diferença era a Vida, com “V” maiúsculo, em Jesus. Depois a música. E que música!

Pimenta levava uma grande vantagem sobre os outros músicos evangélicos, pois morava no Rio, de longe o grande centro cultural do Brasil. Tinha crescido assistindo os principais artistas ao vivo, chegou a conhecer um ou outro de perto, sua família fazia rodas de samba e de choro entre uma feijoada e um Fla-Flu, e tinha ainda o mar e as calçadas de Copacabana para sobremesa.

As antenas da Embratel estavam recém se tornando populares e tudo apontava para o Rio: a televisão, as novelas, os festivais, o cinema, o Fino da Bossa, a Tropicália, o Fusca, o Canal 100, o gol 1000 do Pelé, os Atos Institucionais do governo, as estatais, a dívida externa etc. e tal. Nós assistíamos tudo aquilo pelo tubo da TV, em preto e branco. O Pimenta estava lá de corpo e alma, em cores.

Além disto, os anos 70 foram de muita contestação política e os estudantes do Rio fizeram constantes passeatas, enfrentando prá valer o regime. Alguns morreram em choques com a polícia, muitos foram presos e outros desaparecidos.

O Sérgio também tinha coração de estudante e sonhava com um outro país. Embora não tivesse atividade política de esquerda, como era a moda, afinal era filho de militar, estudante do Colégio Militar e bom presbiteriano, acabou sendo um revolucionário no contexto evangélico.

Mas de todas as suas influências, tem uma que é de longe a principal para a música: o Sérgio era negro e carregava debaixo da pele todo o swing, a espontaneidade, a risada e o balanço naturais que só a negritude possui. Há! Juntem a esses cromossomos uma intimidade tremenda com Deus, que ele cultivava desde a infância, um coração manso, uma submissão enorme ao Altíssimo, o fascínio por Jesus e pela Palavra, mais o jeitão carioca e terão uma idéia de quem era ele.

Depois que o tempo passa, parece que fica mais fácil olhar para trás e analisar a história. Enquanto as coisas estão acontecendo, acho que ninguém sabe exatamente a dimensão do seu papel. Ótimo, a vida foi construida assim mesmo. Deus não nos conta o que virá pela frente, mas requer passos de fé.

Isso o Pimenta tinha de sobra e acredito que ele foi o que mais avançou dentre todos da sua geração. Passamos umas duas semanas trocando músicas e constituimos uma amizade bonita, daquelas que dão saudade.

Famílias reunidas, esposas radiantes, filhos lindos, músicas novas etc. e tal. Ele se queixava de uma dor nas costas, mas os exames não tinham identificado nada de anormal.

Em abril, tivemos a notícia do câncer. Choque geral. O quê? Não pode ser verdade!! Era e a doença evoluiu rápido, fulminante. De nosso lado, tentamos todos os recursos: oramos fervorosamente, jejuamos, choramos na presença de Deus, vários pastores estiveram acompanhando de perto, a família procurou os melhores especialistas, seu pai que era médico fez o que pôde, mas.

Em agosto de 1987, Sérgio Pimenta faleceu, no Hospital do Câncer em São Paulo. Inacreditável. Todos ficamos esperando um milagre até a última hora, mas ele se foi mesmo.

Fonte: Gospel Músicas Forever

Para Descontrair...

No consultório de um cirurgião plástico, o médico fala para a paciente:

- Eu não posso mais esticá-la, já fizemos dezessete cirurgias.

E ela responde:

- Não Doutor, agora eu só quero tirar essa covinha do meu queixo.

- Que covinha? Pergunta o médico. Isto aqui é o seu umbigo.

Juarez Antonio Cornely
Seleções Reader's Digest
Mês de Março/2009

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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