domingo, 21 de março de 2010

Guapi é assim...


Saíra-de-sete-cores

Uma prece

Perdoa-me, Senhor
Se eu não vivi pra Te servir,
Se em meu agir o Teu amor
Também não refelti.
Perdoa-me, Senhor
Se em Teu caminho não segui,
Se falhas cometi,
Se Tua doce voz não quis ouvir.

Escuta a minha oração, Senhor.
Desejo aqui viver pra Teu louvor.
Ensina-me a Te ouvir
E com amor servir
E os santos passos Teus aqui seguir.

Perdoa-me, Senhor
Se eu de Ti me afastei.
Se em meu caminho escuro
Tua luz não procurei;
Perdoa-me, Senhor
Se na aflição não Te busquei,
Se eu não Te sondei,
Se Teu querer pra mim não procurei.

Escuta a minha oração, Senhor
Desejo aqui viver pra Teu louvor.
Ensina-me a voltar
E junto a Ti estar
E em Tua graça sempre confiar.

Perdoa-me, Senhor
Se frutos eu não produzi,
Se, indiferente a tudo,
A missão eu não cumpri.
Perdoa-me, Senhor
Se os campos brancos eu não vi,
Se só pra mim vivi,
Se meus talentos não desenvolvi.

Escuta a minha oração, Senhor
Desejo aqui viver pra Teu louvor.
Ensina-me a agir
E meu dever cumprir
E frutos dignos dedicar a Ti.

Hiram Rollo Júnior, 1987

Na direção certa


"Na tempestade", disse um velho marujo, "só há uma coisa que se pode fazer - uma só: pôr o navio em determinada posição e conservá-lo nela."

Às vezes não vemos sol nem estrelas e a tempestade que cai não é pequena. Só há uma coisa a fazer - uma só.

A razão não nos pode ajudar. As experiências passadas não nos trazem luz. Até a oração não parece consolar. Só resta um caminho. Temos que nos pôr em determinada posição e ficar ali.

Venha o que vier, ondas ou vento; trovões ou raios; vagalhões ou rochedos perigosos - não importa. Nosso lugar é no leme, na certeza de que a tormenta passará.

Adaptado de Mananciais no Deserto
Lettie Cowman

Foto: Raquel Tinoco
Pôr-do-sol em Guapimirim-RJ

Simples, simples assim...

Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. M. Medeiros

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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