A flor de lótus (símbolo espiritual do Oriente) crava suas raízes na lama, e sua beleza provém em parte deste barro, quase tanto quanto provém do ar e da luz do sol.
Não devemos menosprezar o cultivo de certas plantas, dando preferência a outras, como à contemplação de uma orquídea por exemplo.
Embora algumas espécies dessa belíssima flor sejam cultivadas no galho de uma árvore, precisam estar ligadas a um tronco forte. Este, por sua vez, tem de estar enraizado no solo, extraindo dele os nutrientes de que precisa para alimentar a si mesmo e ao parasita, a belíssima orquídea.
Na maioria dos casos, a árvore hospedeira e sua parasita sobrevivem por muitos anos.
Certo escritor relatou o seguinte:
"Algum tempo atrás, já no final do outono, visitei a estufa de um floricultor. Naquele porão, pouco iluminado, havia uma fileira de vasos de planta.
O homem explicou que neles ele plantara a batata das flores de inverno. E era bom para elas se desenvolverem naquele ambiente semi-escuro. "
Suas raízes se desenvolveriam melhor num lugar de sombras, do que num lugar muito iluminado pelos raios de sol.
Passado algum tempo, as flores estariam no ponto de se abrir. Então suas cores vistosas iriam alegrar muitos corações, e seu doce perfume permearia o ar de inverno
Fontes no Vale
Lettie Cowman