quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ruth 2

Talvez você nem esteja se dando conta, afinal o lugar não importa. O que importa mesmo é que eles, seus filhos, se lembrem do dia, que peguem seus telefones, que saiam de suas casas e estejam presentes. Onde estiver. Isso é o que importa.

Desde domingo está "presa" em um hospital, como você mesma diz.

Pede que eu a traga comigo todos os dias. Mas não posso.

Quisera eu poder arrebatá-la e fugir como fazíamos na minha infância.

Quando sentia saudades do seu povo e sem saber o caminho, me pedia, eu, uma menina de poucos anos, sete ou oito talvez, que a levasse.

Então saíamos, as duas, por aquele beco, naquele bairro, atravessávamos aqueles trilhos e fugíamos até o outro lado do mundo. Sim, porque para mim, era o outro lado do mundo.

Nem sei como conseguíamos chegar ao nosso destino, eu apenas decorava os ônibus e o lugar onde deveríamos saltar. Você era conduzida por uma menina. Uma menina guiando pela mão, sua mãe.

Sair de Senador Camará e chegar a Itaguaí era uma aventura que eu adorava. Me orgulhava de nunca errar o caminho. Orgulho de criança. Me orgulhava em contar como a salvei do trem, quando quase fomos atropeladas, lembra? Eu apenas a empurrei para longe dos trilhos e pulei. Duas crianças...

E aquele dia em que aquela vaca veio em nossa direção e foi chegando cada vez mais perto? Que pavor!!! Os chifrões dela eram enormes. Eu fiquei na sua frente como se pudesse protegê-la. Ainda bem que ela desistiu de nós. rsrs

Nossas aventuras eram demais!!! Lembra quando voltávamos da Igreja? Tínhamos que atravessar todo aquele quintal cheio de laranjeiras e, papai, que economizava cada centavo, não deixava as luzes acesas. Apenas uma, no início do caminho. O resto era um escurão. Íamos grudadas, morrendo de medo. Aquelas sombras nas árvores... uuuuui

De repente, um cavalo saiu de trás de uma delas. Nem deu tempo para saber quem correu primeiro. kkkk Só sei que, aos gritos, chegamos em casa rapidinho. kkkkk

E ríamos... ríamos...

Mas você não mudou. É a mesma criança. Onde chega todos a amam, pois não conseguem parar de rir.

Essa sua alegria contagiante nos faz fortes para enfrentar qualquer coisa.

Age como se nada estivesse acontecendo. Eles chegam e dizem que nao foi possível realizar o procedimento porque não há acesso para que seja sedada.

Mas você está feliz. Feliz porque seu braço já não está tão inchado. Eles a transferem de um hospital a outro e nem sabem que dia é hoje.

Nem sei se eles sabem o que fazer, nem mesmo sei se eles esperam fazer alguma coisa, mas acreditamos que estão tentando. Eu e você acreditamos. Mas eles não imaginam...

Que presente será, mãe, que Deus lhe tem reservado?

Feliz Aniversário!!!! Eu a amo demais.

Toma as nuvens por teu carro...

Ninguém pode viajar no carro de Deus e no seu ao mesmo tempo. É preciso que Deus consuma, como o fogo do seu amor, os nossos carros terrenos que impedem que entremos no dEle.

Queremos entrar no carro de Deus?

Então vejamos tudo o que acontece de ruim em nossa vida como um carro divino para nós. Vamos Lhe pedir, diariamente, que abra nossos olhos para que enxerguemos suas carruagens invisíveis que vêm para nos libertar.

Sempre que entramos em um dos carros de Deus, somos "trasladados", não para os altos céus, como aconteceu a Elias, mas para um céu que há dentro de nós. Deixamos para trás as planícies baixas e rasteiras desta vida e subimos às regiões celestes em Cristo Jesus. Ali iremos andar em triunfo, bem acima de tudo que ficou embaixo.

O carro que leva nossa alma nessa estrada geralmente é uma disciplina que, no momento, não parece ser de alegria, mas de tristeza.

Entretanto, devemos vê-la como um dos carros de Deus. Descobriremos, com alegria, que Ele os envia por amor. Nesses carros, podemos andar vitoriosamente, pairando sobre todas as adversidades.

É difícil agradecer nos momentos de provação, mas elas destroem nossos carros terrenos e nos levam a buscar refúgio nos carros de Deus, sempre prontos, sempre do nosso lado durante todas as horas de tribulação.

"Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dEle vem a minha esperança. Só Ele é a minha rocha e a minha salvação, o meu alto refúgio. Não serei jamais abalado".

Adaptado de Fontes no Vale
Lettie Cowman

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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