domingo, 14 de setembro de 2008

Mestre dos Mestres

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre isso, mas se apaixonar pela vida e pela espécie humana são condições fundamentais para se ter qualidade de vida e sabedoria.

A vida que pulsa dentro de você, independente de seus erros, acertos, status e cultura é uma jóia única no teatro da existência.

Cada ser humando é um mundo a ser explorado, uma história a ser compreendida, um solo a ser cultivado.

Há muito, muito tempo não ouço um cântico que gostava de cantar... "Quero que valorize o que você tem, você é um ser, você é alguém tão importante... Pára de ficar sofrendo angústia e dor... dizendo que às vezes que não é ninguém... eu vou lhe falar do valor que você tem."

Somos únicos, entretanto, não podemos achar que um monólogo é a melhor peça de nossa vida.

Nossa história, arquivada em nossa caixa de memória, é a caixa de segredos da nossa personalidade. Ninguém é autor sozinho da sua história. Somos construídos e construtores da nossa personalidade.

Todos temos modelos... O problema está quando escolhemos o modelo errado. Alguns tem como modelos seus dramas do passado, suas frustrações e neles se enterram como avestruzes. Outros, escolhem como modelos suas decepções do presente. Não aprenderam ainda a intervir no seu próprio mundo.

O Mestre dos Mestres viveu intensamente sua vida. Foi autor de sua própria história no sentido mais pleno. Compreendeu como ninguém, a excelência da vida. Cada ser humano era para ele, uma jóia rara. Jamais desistiu de um deles. Para ele ninguém era incorrigível. Teria tantas chances quantas fossem necessárias. Mesmo sendo frustrado pelas pessoas, jamais desistiu delas.

O Mestre dos Metsres correu riscos ao defender o que se julgava à época, lixo social. Estava disposto a morrer por essas pessoas, ainda que não as conhecesse.

Ele conseguia encontrar ouro escondido na lama.

O território do coração de Jesus era diferente. Era irrigado por uma ternura e capacidade de compreensão admiráveis.

O amor o controlava e o tornava líder de si mesmo. Ele não só mostrava uma sensibilidade fenomenal para compreender a dor dos outros e os sentimentos ocultos, mas também uma sólida habilidade para ser autor da sua história nos focos de tensão.

"Só quem sofreu, pode avaliar quem sofreu. Pode se identificar, pode ter o mesmo sentir. Só quem sofreu, tem palavras de puro mel que transmitem todo o calor para quem precisa de amor."

Sim, somos únicos, mas não solitários.

Escrevo hoje para você, Valmir e para você, Simone.

Valmir, meninos, é meu sobrinho. Tem pouco mais de 30 anos e está com câncer no reto. Vocês deviam conhecê-lo. Precisavam conhecê-lo. Todas as vezes que ligo para ele para saber como está, ele sempre arranja um jeito de fazer sua doença parecer simples e fácil de atravessar. Ri... gargalha ao telefone e nos faz rir com ele.

Simone, é uma aluna que já me acompanha a algum tempo. Sim, tem mostrado fibra e força ao enfrentar suas adversidades e ainda assim, estar toda quarta-feira pela manhã em minha sala, ouvindo mais uma vez toda a teoria. Quando entro na sala, logo procuro por ela, pois saber que está ali é um indício de que não desistiu.

Viu? Todos temos modelos.

Adaptado de 12 semanas para mudar uma vida
Augusto Cury

2 comentários:

Anônimo disse...

Minha linda!
Como seu blog é importante!
Obrigada pela sua sabedoria...
Obrigada pelas palavras colocadas nesta página com tanto carinho...

Deus é maravilhoso...curou minha mãe e irmã do câncer e acredito que Deus vai dar um pulmão novo para o meu pai, a cura para minha outra irmã que tem esclerose múltipla, meu marido e cunhada da diabete e para o Valmir a cura do câncer.

Acredito em milagres que Deus pode fazer para cada família.

Professora Raquel Tinoco disse...

Sim, eu também acredito em milagres Si e acredito mais ainda que você é um milagre de Deus por estar resistindo a todas essas tribulações. Obrigada pelo seu exemplo de luta e persistência. obrigada por confiar em Deus. Beijos

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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