O Gigante Ganância
Certa vez perguntaram ao homem mais rico do mundo:
“Quanto basta para o senhor?”
Ele respondeu:
“Um pouco mais.”
A ganância é assim, não tem limites; faz da pessoa um escravo das coisas. E nessa busca por ter mais e mais, sem perceber, a pessoa fica privada de duas enormes riquezas.
Em primeiro lugar perde-se o privilégio de alegrar-se com as pequenas coisas. Só há lugar para grandes conquistas, grandes negócios, grandes fortunas, grandes presentes, grandes contratos...
Um dia, quando eu lia a Bíblia deparei-me com um velho versículo no Salmo 90:12: “ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos coração sábio.”
Aí eu me dei conta que eu sabia exatamente quantos anos eu tinha, mas não quantos dias.
Moisés falou para Deus que desejava aprender a contar os dias. Ele viveu 120 anos, mas entendia que todo esse tempo era formado de pequenos dias.
A ganância não nos permite alegrarmo-nos com os detalhes, então, nos transformamos em pessoas mal agradecidas.
Paulo, o apóstolo, não era defensor da pobreza nem da acomodação, mas escreveu em I Tm 6:8: “tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.”
Uma vez li uma frase popularíssima que dizia: Não tenho tudo que amo, mas amo tudo o que tenho.
Em segundo e último lugar a ganância nos rouba o privilégio de repartir o que temos. A Bíblia nos conta a história de Zaqueu, um coletor de impostos que era odiado pelo povo judeu, provavelmente porque além de arrancar dinheiro dos judeus para os romanos, surrupiava muito dinheiro para si, indevidamente.
O dia em que ele levou Jesus Cristo à sua residência, ficou tão empolgado com a vida que o Salvador oferecia que prometeu dar aos pobres a metade dos seus bens e devolver quadruplicadamente qualquer valor que houvesse adquirido de forma ilícita.
Alguém observou que o Mar da Galiléia recebe as águas do monte Hermon e libera suas águas para o rio Jordão. Até hoje muita gente pesca naquele grande lago por onde Jesus tantas vezes passou.
Por sua vez, o rio Jordão deságua no Mar morto que não reparte suas águas com ninguém.
Aquele mar é tão salgado que não há peixes ali para se pescar. Dizem que as pessoas também são assim: aqueles que repartem sempre comunicam vida; aqueles que nada repartem são mortos em si mesmos.
Pr. Corel
Nenhum comentário:
Postar um comentário