De tanto ler histórias de cavalaria, um ingênuo fidalgo espanhol passa a acreditar piamente nos feitos heróicos dos cavaleiros medievais e decide se tornar, ele também, um cavaleiro andante. Para tanto, recorre a uma armadura enferrujada que fora de seu bisavô, confecciona uma viseira de papelão e se autointitula "Dom Quixote de La Mancha". Suas aventuras imaginárias mal sucedidas fazem com que sua ama e sua sobrinha queimam seus livros e lacrem a porta da biblioteca.
As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria. Em suas andanças, Dom Quixote encontra moinhos de vento que confunde com gigantes. Arremete contra um dos moinhos, cujas pás, devido a um vento mais forte, lançam o cavaleiro para longe. O escudeiro socorre seu mestre. Dom Quixote não dando o braço a torcer, diz que o feiticeiro, ao notar que o cavaleiro estava vencendo, transformou os gigantes em moinhos.
Muitos de nós aprenderam desde cedo a afugentar os moinhos de nossas vidas. Alguns tiveram suas lições nas salas de aula da vida, outros aprenderam-nas com a família, amigos etc.
Mas há moinhos que não fogem com um simples "buuuuu". Esses não são monstros imaginários. São gigantes que devoram, que estraçalham e quando há sobreviventes, os aprisionam em suas garras. Contra esses, precisamos ser mais que "Dons Quixotes".
As lições, muitas vezes, por mais eficazes que pareçam não nos preparam para a mutação do vírus, para a ameaça desconhecida e contra a qual não lutamos ainda. Somos pegos de surpresa, sem armas potentes.
Somos envolvidos na teia da destruição. Não sabemos sair dela. Eles, os monstros, são mais poderosos do que podíamos supor.
Nos preparamos para as batalhas presumíveis. Aquelas que a vida cotidiana vai nos apresentar. Não nos preparamos para o impresumível, imprevisível. E de repente, ele nos ataca pelas costas, covardemente. Não planejamos a estratégia. Subestimamos o inimigo. Não consideramos que ele podia ser real. Me disseram que bastava acreditar em mim, me deram altas doses de autoconfiança, mas não consigo!!! Não me ensinaram a derrotá-lo!!! Meu Deus!!! Que inimigo é este???
Me deparo com os moinhos e os vejo transformados em gigantes. Horrendos!!! Enormes!!! Estão vindo em minha direção!!!
Grito!!!
Tento espantá-los com gestos!!!
Fecho os olhos e imagino que ao abri-los não estarão mais lá. Abro os olhos. Eles se foram. Ha, ha, ha, eles se foram. Sou demais!!! Um cavaleiro armado!!! Não podem me derrotar!!! Eu os tenho em minhas mãos.
Onde estão vocês, moinhos??? Fugiram???
Posso controlá-los. Vou tentar de novo. Eles retornam... mais fortes... mais vorazes...
Me derrubam!!!
Tento afastá-los... Mas eles não fogem!!! Me aprisionam. Não consigo sair!!! Estou sufocando!!! Acho que é o fim!!!
Tento erguer-me e com um esforço sobrenatural consigo levantar-me. Fecho os olhos e grito bem alto para que se afastem. Recuso sua oferta... Vejo um exército que vem em meu socorro!!! Espere... reconheço aqueles rostos... Mãe... pai... amigos... o que fazem aqui??? Em segundos percebo que estou sendo arrancado das mãos daqueles gigantes. Eles estão se afastando à medida que grito "não" e que os rejeito. Sinto mãos e braços em torno de mim.
Eles não são invencíveis!!! Os monstros... eles não são invencíveis...
NÃO SÃO INVENCÍÍÍÍVEEEEEEIS!!!
Você, certamente, precisará de um exército para vencê-los. Você, certamente, vai precisar de ajuda!!! Mas... pode vencê-los!!!
VOCÊ PODE VENCÊ-LOS!!!
Não desista de lutar contra eles!!!
NÃO DESISTA!!! NÃO DESISTA!!! NÃO DESISTA!!!
Fonte: "Dom Quixote de La Mancha" - http://www.portrasdasletras.com.
Vídeo enviado por Edson Tinoco
As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria. Em suas andanças, Dom Quixote encontra moinhos de vento que confunde com gigantes. Arremete contra um dos moinhos, cujas pás, devido a um vento mais forte, lançam o cavaleiro para longe. O escudeiro socorre seu mestre. Dom Quixote não dando o braço a torcer, diz que o feiticeiro, ao notar que o cavaleiro estava vencendo, transformou os gigantes em moinhos.
Muitos de nós aprenderam desde cedo a afugentar os moinhos de nossas vidas. Alguns tiveram suas lições nas salas de aula da vida, outros aprenderam-nas com a família, amigos etc.
Mas há moinhos que não fogem com um simples "buuuuu". Esses não são monstros imaginários. São gigantes que devoram, que estraçalham e quando há sobreviventes, os aprisionam em suas garras. Contra esses, precisamos ser mais que "Dons Quixotes".
As lições, muitas vezes, por mais eficazes que pareçam não nos preparam para a mutação do vírus, para a ameaça desconhecida e contra a qual não lutamos ainda. Somos pegos de surpresa, sem armas potentes.
Somos envolvidos na teia da destruição. Não sabemos sair dela. Eles, os monstros, são mais poderosos do que podíamos supor.
Nos preparamos para as batalhas presumíveis. Aquelas que a vida cotidiana vai nos apresentar. Não nos preparamos para o impresumível, imprevisível. E de repente, ele nos ataca pelas costas, covardemente. Não planejamos a estratégia. Subestimamos o inimigo. Não consideramos que ele podia ser real. Me disseram que bastava acreditar em mim, me deram altas doses de autoconfiança, mas não consigo!!! Não me ensinaram a derrotá-lo!!! Meu Deus!!! Que inimigo é este???
Me deparo com os moinhos e os vejo transformados em gigantes. Horrendos!!! Enormes!!! Estão vindo em minha direção!!!
Grito!!!
Tento espantá-los com gestos!!!
Fecho os olhos e imagino que ao abri-los não estarão mais lá. Abro os olhos. Eles se foram. Ha, ha, ha, eles se foram. Sou demais!!! Um cavaleiro armado!!! Não podem me derrotar!!! Eu os tenho em minhas mãos.
Onde estão vocês, moinhos??? Fugiram???
Posso controlá-los. Vou tentar de novo. Eles retornam... mais fortes... mais vorazes...
Me derrubam!!!
Tento afastá-los... Mas eles não fogem!!! Me aprisionam. Não consigo sair!!! Estou sufocando!!! Acho que é o fim!!!
Tento erguer-me e com um esforço sobrenatural consigo levantar-me. Fecho os olhos e grito bem alto para que se afastem. Recuso sua oferta... Vejo um exército que vem em meu socorro!!! Espere... reconheço aqueles rostos... Mãe... pai... amigos... o que fazem aqui??? Em segundos percebo que estou sendo arrancado das mãos daqueles gigantes. Eles estão se afastando à medida que grito "não" e que os rejeito. Sinto mãos e braços em torno de mim.
Eles não são invencíveis!!! Os monstros... eles não são invencíveis...
NÃO SÃO INVENCÍÍÍÍVEEEEEEIS!!!
Você, certamente, precisará de um exército para vencê-los. Você, certamente, vai precisar de ajuda!!! Mas... pode vencê-los!!!
VOCÊ PODE VENCÊ-LOS!!!
Não desista de lutar contra eles!!!
NÃO DESISTA!!! NÃO DESISTA!!! NÃO DESISTA!!!
Fonte: "Dom Quixote de La Mancha" - http://www.portrasdasletras.com.
Vídeo enviado por Edson Tinoco
Um comentário:
Obrigada. São "moinhos" que fazem parte da história de cada um. É aprender o "segredo" que não está em extingui-los de nossas vidas, mas sim, à medida que caminhamos, aprendemos lidar com eles a ponto de qd. eles reaparecem não sentimos o vento de suas de suas "pás" tão forte como antes. Isto é diffíííciill, mas o tempo existe para tudo. rsrs
Bjsss
Nessa
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