domingo, 11 de janeiro de 2009

Histórias de Sucesso

Já era noite no dia 1° de dezembro de 1955, quando uma jovem negra, chamada Rosa Parks, deixou a loja de roupas onde trabalhava como costureira, na cidade de Montgomery, no Estado do Alabama, nos Estados Unidos.

Ela se dirigiu até à parada de ônibus ansiosa para chegar logo em casa e poder descansar depois de um longo dia de trabalho. O primeiro ônibus passou muito lotado. Ela decidiu esperar o próximo, que chegou mais vazio. Rosa entrou e percebeu que todos os assentos reservados para os negros estavam ocupados. Só restava um assento vazio no meio do ônibus. Ela sentou-se nele.

Quase todas as cidades do sul dos Estados Unidos tinham leis que separavam negros e brancos dentro dos ônibus e em outros locais públicos. Os primeiros assentos dos ônibus tinham a seguinte inscrição: “Somente para brancos”. Os últimos assentos eram reservados para os negros.

Já os poucos assentos do meio poderiam ser usados por brancos e negros, mas a preferência era para os brancos: se o ônibus ficasse lotado e houvesse negros nesses assentos do meio, estes deveriam se levantar para ceder lugar para os brancos que não conseguissem se sentar.


Uma idosa negra, por exemplo, que estivesse ocupando um assento do meio de algum ônibus deveria dar o seu lugar para um jovem branco, se este entrasse no ônibus e não encontrasse assento para si.


O ônibus que transportava Rosa Parks seguiu alguns quilômetros até parar num ponto onde alguns brancos entraram. Ainda havia lugares na área reservada para brancos, mas eram insuficientes para todos os brancos que subiram naquele ponto.


Um homem branco ficou em pé. O motorista olhou para o meio do ônibus e viu que, além de Rosa, outros três negros estavam ocupando os assentos daquela área.


Segundo a lei municipal de Montgomery, apenas um dos negros deveria se levantar para dar lugar àquele homem branco. No entanto, o motorista exigiu que os quatro se levantassem.


Eles não obedeceram. O motorista gritou: “É melhor que vocês me ouçam e deixem esses assentos livres”. Os três negros se levantaram, mas Rosa permaneceu sentada. Nervoso, o motorista lhe perguntou: “Você vai se levantar?” Rosa respondeu: “Já existem três assentos desocupados, o senhor que está em pé pode se sentar em um deles”.


O motorista ameaçou: “Se você não se levantar, vou chamar a polícia”. Com firmeza, Rosa lhe disse: “Vá em frente, chame a polícia”. O motorista desceu do ônibus e quando voltou, trouxe consigo um policial. Este perguntou à Rosa: “Por que você não se levantou?” “Achei que não era preciso”, respondeu Rosa apontando para os assentos vazios. O policial sentenciou: “Você está presa”. A moça quieta, pacífica, mas cansada de tanto preconceito, foi levada algemada para a prisão.


Naquela mesma noite, a notícia de que uma jovem negra havia desafiado a prepotência dos brancos, despertou nos negros de Montgomery o desejo de lutar por igualdade de direitos. No dia seguinte à prisão de Rosa, vários pastores negros se organizaram para iniciarem um boicote aos ônibus de Montgomery. A idéia era: nenhum negro deve usar os ônibus da cidade como meio de transporte.


Eles deveriam se deslocar a pé, pegando carona com negros que colocavam os seus carros à disposição do movimento ou pegando táxis de proprietários negros, que, a partir daquele diae propriet taxis com negros que colocavam os seus carrosicote aos utar por igualdade de direitos.o.er lugar p, cobrariam o mesmo preço que os ônibus. Quatro dias após a prisão de Rosa Parks, em 5 de dezembro de 1955, o boicote foi iniciado.


O grupo de pastores que iniciou o movimento organizou uma assembléia com os negros de Montgomery e escolheram Martin Luther King Jr., um jovem pastor batista negro daquela cidade, para liderar a ação.


Em pouco tempo, o protesto dos negros de Montgomery ganharia fama nacional e internacional. O boicote se tornaria um amplo movimento de luta pelos direitos dos negros e Martin Luther King Jr., anos mais tarde, ganharia o Prêmio Nobel da Paz e se transformaria no maior símbolo de luta contra o preconceito racial.


O boicote deu certo. Mais de 90% dos negros de Montgomery aderiram a ele. A empresa de ônibus que controlava o transporte urbano na cidade começou a ter prejuízo, pois perdeu 17.500 passageiros, ou seja, 75% dos usuários. A prefeitura de Montgomery tentou reprimir o boicote, mas não teve sucesso. Alguns meses depois, o Supremo Tribunal Federal dos Estados Unidos determinou que todas as leis municipais que separavam negros e brancos dentro dos ônibus estavam canceladas.


Rosa Parks foi solta sem ter idéia de que o seu protesto pacífico, a sua teimosia e a sua “desobediência” haviam iniciado o maior movimento de luta pelos direitos dos negros da história.


Após ser solta, Parks teve dificuldade para encontrar trabalho no Alabama, e se mudou para Detroit em 1957, onde se tornou uma figura reverenciada pela população local.


Em 1999, durante o governo do democrata Bill Clinton, ela recebeu a Medalha de Ouro do Congresso, considerada a maior homenagem oficial do governo dos EUA concedida a civis, entre outras diversas honrarias.


O Museu Rosa Parks, inaugurado em novembro de 2000, lembra a briga desta mulher, com atrações como o ônibus de assentos "reservados para brancos" na parte central. Os visitantes também podem assistir a filmes que contam como era a vida dos negros na época da segregação racial.


São as pequenas ações que transformam o mundo.


Fontes:

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u88928.shtml - 31k

www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=5&noticiaId=203 - 22k

2 comentários:

Unknown disse...

Raquel, vc é 10!!Seu blog sempre nos incentivando e nos ampliando os horizontes culturais.Muitas coisas estou aprendendo aqui com vc, histórias emocionantes, verdadeiras! Obrigada!
Bjs,
Cláudia Barros

Professora Raquel Tinoco disse...

Oi Cláudia. Obrigada. Adorei seu presente. Um beijo. Não esqueci seus e-mails. Logo, logo respondo. Bjs

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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