domingo, 11 de janeiro de 2009

Mestre dos Mestres

Nasceu numa manjedoura, entre animais. Com dois anos de idade, quando deveria estar brincando, perseguindo borboletas, procurando pássaros entre os galhos das árvores, foi perseguido por um rei violento que queria matá-lo a todo custo.

Teve de fugir com seus pais para o Egito. Em alguns trechos era carregado por seus pais, em outros, fazia longas caminhadas a pé ou em cima do lombo desconfortável de um animal.

Quando adolescente, teve de trabalhar cedo para poder sobreviver. Carpinteiro de profissão, tinha de suportar sobre seus ombros pesadas toras e lapidá-las pacientemente. Foi um jovem sem privilégios.

Pelas dificuldades enfrentadas e por situações estressantes que atravessou, era de se esperar que fosse alguém ansioso, irritado, até mesmo intolerante e impaciente. Mas quando abriu sua boca ao mundo, nunca se ouviu alguém mais traquilo e sereno.

Pelo trabalho pesado e pelas perseguições sofridas era de se esperar que fosse insensível, pelo contrário, sua sensibilidade fluia caudalosamente.

O carpinteiro de Nazaré se preparou, sem que ninguém percebesse, para ser o escultor dos homens, o artesão da humanidade. Por isso, embora consciente das fragilidades, falhas e insanidades humanas, amou de forma incondicional. Dizia orgulhosamente que era um ser humano, o filho do homem.

Ele não se sentou nos bancos de uma ótima escola, mas foi o mais excelente aprendiz da escola da vida, uma escola onde muitos fracassam.

Enquanto golpeava os pregos com o martelo, exercitava seus pensamentos, analisava os eventos da vida, extraía grande prazer das pequenas coisas.

Adaptado de 12 semanas para mudar uma vida Augusto Cury

2 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza ELE nos escolheu por amor, o Seu sofrimento num madeiro foi por Amor... Raquel, é a primeira vez que acesso seu blog e estou adorando! Gostei muito de ler "TUDO COMEÇOU QUANDO..." é um ótimo incentivo.
Bjs,

Professora Raquel Tinoco disse...

Olá Rosana. Seja bem-vinda. Beijos

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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