Hoje vou relatar um pouco mais sobre a minha caminhada. Sempre digo aos alunos que não se preocupem demais com o tempo. Todas as coisas acontecem em um tempo determinado. Por exemplo:
Em 1993, abri a Folha Dirigida e vi em um cantinho bem escondido, o anúncio de que haveria prova para o TJ-RJ. Não tinha qualquer experiência em concursos e acho que nem conhecia um fórum por dentro.
Resolvi fazer e incentivei minha cunhada, Geni, a fazer também. Ela relutou um pouco, mas topou a parada.
Queríamos fazer para Itaguaí, onde morávamos à época. Os concursos não eram divididos por Nurc's, mas sim por regiões e Itaguaí integra a Sexta Região Judiciária.
As inscrições estavam sendo feitas em Angra dos Reis. Lembro que não tínhamos muito dinheiro e os horários dos ônibus eram loucos.
Seguimos para Angra e fizemos nossa inscrição.
Eu praticamente me mudei para a casa dela. Estudávamos português em casa e cada uma lia o Codjerj como podia.
Chegou o grande dia. Fizemos a prova. Eram 60 questões e precisávamos acertar, pelo menos a metade. Acertamos 31. rsrsrs
Mas não parava aí. Havia datilografia. Meu irmão arranjou uma máquina olivetti emprestada e passávamos todas as nossas horas vagas datilografando. Coitada da máquina, eu parava e a Gê (como eu a chamo) continuava. rsrsrs
Em 1993, abri a Folha Dirigida e vi em um cantinho bem escondido, o anúncio de que haveria prova para o TJ-RJ. Não tinha qualquer experiência em concursos e acho que nem conhecia um fórum por dentro.
Resolvi fazer e incentivei minha cunhada, Geni, a fazer também. Ela relutou um pouco, mas topou a parada.
Queríamos fazer para Itaguaí, onde morávamos à época. Os concursos não eram divididos por Nurc's, mas sim por regiões e Itaguaí integra a Sexta Região Judiciária.
As inscrições estavam sendo feitas em Angra dos Reis. Lembro que não tínhamos muito dinheiro e os horários dos ônibus eram loucos.
Seguimos para Angra e fizemos nossa inscrição.
Eu praticamente me mudei para a casa dela. Estudávamos português em casa e cada uma lia o Codjerj como podia.
Chegou o grande dia. Fizemos a prova. Eram 60 questões e precisávamos acertar, pelo menos a metade. Acertamos 31. rsrsrs
Mas não parava aí. Havia datilografia. Meu irmão arranjou uma máquina olivetti emprestada e passávamos todas as nossas horas vagas datilografando. Coitada da máquina, eu parava e a Gê (como eu a chamo) continuava. rsrsrs
Passamos um mês datilografando tudo o que aparecia. E a prova chegou. Uma sala apinhada de candidatos, máquinas de escrever e um relógio sobre cada mesa.
Quando o fiscal deu a "largada", tlec, tlec, tlec... num ritmo alucinante. Parecia que todos estavam a mil e eu uma tartaruga.
Eram 25 vagas e por causa da datilografia, fiquei em 29. Gê ficou um pouco mais atrás.
Não sabíamos que seríamos chamadas e tristes da vida, resolvemos fazer novo concurso: TRF-RJ.
Saíamos aos sábados pela manhã com um lanche na bolsa e despesas pagas pelo meu irmão. Viajávamos, mais ou menos, duas horas até o curso, também pago pelo Sérgio (o meu irmão) e só retornávamos à noite.
Eu estava fera. Estudava, estudava. Debatia português com meu professor. Fazia gincanas com ele. Cada questão que eu acertava, ele computava pontos. Estava preparada.
Tcharam...
Eis o grande dia. 1994, março. Eu e um amigo de curso resolvemos ir de trem para economizar. Erramos a estação e ao tentarmos pegar novo trem, surgiu do nada um grupo de meninos, armados com facas e, um deles, colocou uma em meu pescoço, pediu dinheiro e levou a minha carteira. Meu amigo terve mais sorte, levaram-lhe o tênis e a camisa.
Tentei argumentar, pedi que deixassem meus documentos porque ia fazer prova. Em vão.
Mesmo com o boletim de ocorrência, não me deixaram fazer a prova e chorei... chorei... chorei muito.
Pouco tempo depois, um telegrama me avisava que meus documentos estavam nos Correios da Presidente Vargas. Fui até lá e estavam mesmo, todos eles.
Desanimei. Não quis saber de concursos por um bom tempo. Tempo... e chegou o tempo.
Um telegrama do TJ-RJ em outubro de 1994. Deveria me apresentar no dia 31 de outubro. Tinha acabado de fazer uma cirurgia, mas fui assim mesmo. Quando chamaram meu nome lá da frente... me levantei e fui caminhando lentamente até à mesa para assinar meu termo de exercício.
Eu penso ter ouvido: é chegada a sua hora.
Ah... Gê é serventuária do TJ-RJ, lotada em Itaguaí.
6 comentários:
Lembro quando ouvi essa história pela primeira vez numa sala de aula e o quango ela me emocionou exatamente como me emociona agora...eu estava começando a estudar e ela teria sido uma história vazia se por trás dela não houvesse alguém que me ensinou que não há matérias difíceis, basta saber estudar e foi assim que aprendi com você muito mais que caput's e incisos.
Estou em algumas "filas" esperando um telegrama igual ao seu, o tempo de fato não é nosso amigo e às vezes dá vontade de joagar tudo p/ alto e atualizar o currícilo, mas aí vem alguém que sabe contar histórias e a gente volta p/ fila e p/ os incisos e parágrafos.
um beijo enorme p/ vc que é especial demais na minha vida!!!!
Ôôô... assim vc me emociona. Bom que as nossas histórias servem de estímulo a outros. A fila anda. Agora... nem vem me enrolando. Acertou tudo?
Querida professora sua história realmente emociona a todos nós e cada vez tenho certeza que não é impossível.Eu fiz o ano passado o estatuto no MG estava me preparando para o Tj e fui bem nas matérias só não consegui fazer uma boa prova de portugues,pois o tempo foi corrido,mas acertei 18 questoes da legislação e 14 da lei mas não consegui boa classificação e fiquei arrasada mas é preciso tentar até passar.Eu te admiro demais beijos mag.
TUDINHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!RSRSRSRS
Oi Larissa. Eu sei que nem sempre o caminho é fácil. Mas vc é estudiosa, dedicada e sei que daqui a pouco vai começar a colher os frutos do seu trabalho. O negócio é não desistir no primeiro embate. Beijos
Muito bem, D. Carla, muito bem. Não esperava menos que isso. Beijos
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