Dizem que uma das primeiras regras que um piloto aprende é pôr o avião de encontro ao vento e voar contra ele. O vento o eleva a maiores alturas.
Onde foi que aprenderam isso? Foi com as aves. Se um pássaro está voando por prazer, ele vai ao sabor do vento. Mas se enfrenta algum perigo, faz meia volta e voa contra o vento, afim de ir mais para cima; e sobe cada vez mais alto.
Todos nós já observamos no verão, dias em que a atmosfera está tão opressiva que é até difícil respirar. Mas depois aparece uma nuvem no horizonte e ela cresce, e se derrama sobre a terra. É o relâmpago que corta os ares, é o trovão que ressoa, é a pesada chuva que cai. A atmosfera fica leve, e há uma vida nova no ar; tudo mudou.
Os obstáculos deveriam fazer-nos cantar. O vento canta, não quando está atravessando a amplidão dos mares, mas quando encontra o obstáculo dos braços das árvores ou quando é quebrado por alguma falésia. Então ele canta com poder e beleza. Libertemo-nos para cruzar os obstáculos da vida ou até mesmo os pequenos embaraços e os aborrecimentos que o próprio viver oferece.
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