Me apaixonei por Beethoven ainda bem jovem, quando fazia minhas aulas em um seminário de música. Esse sentimento aumentou ainda mais quando pude ver o filme "Minha Amada Imortal", que conta um pouco de sua história.
Gostaria de compartilhá-la com vocês através dos olhos de Augusto Cury.
"Nada é mais grave para um músico do que perder a audição. Beethoven, um dos gênios da música, perdeu-a depois de ter feito belas composições. Os recursos médicos ineficazes o levaram a uma profunda crise psíquica.
Seus pensamentos agitaram-se como ondas rebeldes. Sua emoção tornou-se um céu sem estrelas. Não haviam flores no solo da vida. Perdeu o encanto pela existência.
Deixar de ouvir e compôr músicas era tirar o chão de Beethoven.
Cogitou, assim, no suicídio.
Mas algo aconteceu. Quando todos pensavam que seus sonhos tinham sido sepultados pelo inquietante silêncio da surdez, surgiram sorrateiramente os mais espetaculares sonhos no árido solo das suas emoções.
Ante sua condição miserável, ele decidiu superá-la. Ou Beethoven se calaria diante da surdez ou lutaria contra ela e faria o que ninguém jamais fez: produzir músicas apesar de não ouví-las.
No entanto, apesar de surdo, ele aprendeu a ouvir o inaudível, aprendeu a ouvir com o coração. Não desistiu da vida; ao contrário, exaltou-a.
Os sonhos venceram.
O mundo ganhou.
Com indiscritível sensibilidade, Beethoven compôs belíssimas músicas após a surdez. Entre outras atitudes, ouvia as vibrações das notas no solo."
Penso em como deve ter sido difícil para Beethoven não ouvir mais os sons melodiosos de seu piano. Vejo Beethoven debruçado sobre ele, ouvido encostado ao teclado, sentindo as vibrações do som, cada vez que resolvo ouvir suas obras.
Me emociono sempre que os acordes de sua "Pastoral" ecoam pela casa.
O inusitado é que Beethoven, mesmo acometido de surdez compôs uma das mais executadas melodias do mundo.
Imagine: alguém que havia pensado em se matar, sem ouvir os acordes do que era essencial em sua vida de músico, compõe uma ode à alegria, um hino à alegria, como é conhecido um dos movimentos de sua nona sinfonia.
Quem não conhece o seu famoso "tcham, tcham, tcham, tcham", da quinta sinfonia? Quem nunca ouviu "Pour Elise"?
Sua Sonata ao Luar?
Ludwig van Beethoven nasceu em Bonn (Alemanha), em 16 de dezembro de 1770, descendente de uma família de remota origem holandesa, cujo sobrenome significava ‘horta de beterrabas’ e no qual a partícula "van", não indicava nenhuma nobreza. Seu avô, também chamado Luís, foi maestro de capela do príncipe de Bonn. O pai de Beethoven, Johann, foi tenor nessa mesma capela. Pretendeu treiná-lo como menino prodígio no piano, mas era um homem fraco, inculto e rude, que terminou consumido pelo alcoolismo. Beethoven teve infância infeliz.
Mas não desistiu, escolheu superar suas dores, suas fraquezas e se tornar Ludwig van Beethoven, um dos maiores músicos da história.
Beethoven (1770 a 1827)
Gostaria de compartilhá-la com vocês através dos olhos de Augusto Cury.
"Nada é mais grave para um músico do que perder a audição. Beethoven, um dos gênios da música, perdeu-a depois de ter feito belas composições. Os recursos médicos ineficazes o levaram a uma profunda crise psíquica.
Seus pensamentos agitaram-se como ondas rebeldes. Sua emoção tornou-se um céu sem estrelas. Não haviam flores no solo da vida. Perdeu o encanto pela existência.
Deixar de ouvir e compôr músicas era tirar o chão de Beethoven.
Cogitou, assim, no suicídio.
Mas algo aconteceu. Quando todos pensavam que seus sonhos tinham sido sepultados pelo inquietante silêncio da surdez, surgiram sorrateiramente os mais espetaculares sonhos no árido solo das suas emoções.
Ante sua condição miserável, ele decidiu superá-la. Ou Beethoven se calaria diante da surdez ou lutaria contra ela e faria o que ninguém jamais fez: produzir músicas apesar de não ouví-las.
No entanto, apesar de surdo, ele aprendeu a ouvir o inaudível, aprendeu a ouvir com o coração. Não desistiu da vida; ao contrário, exaltou-a.
Os sonhos venceram.
O mundo ganhou.
Com indiscritível sensibilidade, Beethoven compôs belíssimas músicas após a surdez. Entre outras atitudes, ouvia as vibrações das notas no solo."
Penso em como deve ter sido difícil para Beethoven não ouvir mais os sons melodiosos de seu piano. Vejo Beethoven debruçado sobre ele, ouvido encostado ao teclado, sentindo as vibrações do som, cada vez que resolvo ouvir suas obras.
Me emociono sempre que os acordes de sua "Pastoral" ecoam pela casa.
O inusitado é que Beethoven, mesmo acometido de surdez compôs uma das mais executadas melodias do mundo.
Imagine: alguém que havia pensado em se matar, sem ouvir os acordes do que era essencial em sua vida de músico, compõe uma ode à alegria, um hino à alegria, como é conhecido um dos movimentos de sua nona sinfonia.
Quem não conhece o seu famoso "tcham, tcham, tcham, tcham", da quinta sinfonia? Quem nunca ouviu "Pour Elise"?
Sua Sonata ao Luar?
Ludwig van Beethoven nasceu em Bonn (Alemanha), em 16 de dezembro de 1770, descendente de uma família de remota origem holandesa, cujo sobrenome significava ‘horta de beterrabas’ e no qual a partícula "van", não indicava nenhuma nobreza. Seu avô, também chamado Luís, foi maestro de capela do príncipe de Bonn. O pai de Beethoven, Johann, foi tenor nessa mesma capela. Pretendeu treiná-lo como menino prodígio no piano, mas era um homem fraco, inculto e rude, que terminou consumido pelo alcoolismo. Beethoven teve infância infeliz.
Mas não desistiu, escolheu superar suas dores, suas fraquezas e se tornar Ludwig van Beethoven, um dos maiores músicos da história.
Beethoven (1770 a 1827)
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