Há muito anos atrás, uma mulher estava na igreja prestando seu culto a Deus, quando começou a sentir algo estranho. Seu filho, ao olhar para ela, viu que seus movimentos estavam lentos e sua Bíblia caiu de suas mãos. Percebeu umas manchas vermelhas em seu rosto.
Correram para o hospital mais próximo. Diagnóstico: AVC. Corri para o hospital ao ser avisada, ela mal falava, não movia seu lado esquerdo e foi transferida para outro hospital onde ficou internada por um tempo.
Quando teve alta, recebeu a notícia de que ficaria com sequelas e uma delas era não poder andar. Não se conformou. Tomou alguns tombos tentando levantar-se da cama. Sua tática era levantar-se, apoiar-se em algo, encostar-se na parede e andar apoiada nela até conseguir firmar-se. Caiu uma, duas, três vezes... Até que um dia saiu andando.
Esta mesma mulher, anos depois, começou a ter sintomas de diabetes e doença renal crônica. Perdeu seu marido com o qual esteve casada por 61 anos e que era o seu esteio, o seu chão. Todos pensavam que não sobreviveria. Encarou de frente.
Passado algum tempo, os médicos informaram que, por suas condições, ela poderia morrer a qualquer momento, dormindo. Teve que ser internada para que pesquisassem as causas de sua doença. Permaneceu um mês no hospital. Após esse período, descobriram o problema e foi submetida a uma demorada cirurgia. Após a cirurgia não conseguiu mais andar sem apoio. Perdeu o equilíbrio. Ficou mais um mês no hospital tomando antibióticos. Seus rins não suportaram. Foi submetida à hemodiálise durante quatro anos. A terapia contribuiu para que seus movimentos ficassem ainda mais limitados. Não se conformou. Foi dispensada da hemodiálise há aproximadamente 3 anos e meio e vive tentando voltar a andar.
Tentou ajuda na fisioterapia, mas ficava nervosa e sua pressão subia. Tentou que um profissional fosse atendê-la em casa, mas até agora não conseguiu. Desistir? Vez ou outra sua filha ouve o arrastar de cadeiras. Corre para ver o que é e ela está se movendo da cama para a mesa, da mesa para a cama. rsrs
Começou a caminhar apoiando-se nas barras de proteção e nos objetos até o banheiro e, ontem quase matou sua amiga do coração.
Já devem ter percebido que estou falando de minha mãe. rsrs
Eu saí para gravar e ela ficou em casa com a Neuza. Esta resolveu fazer uma faxina no meu quarto. Pegou uma escada, subiu e começou a limpar o ventilador de teto. Daqui a pouco ouviu atrás dela, bem perto, uma voz: "não vai cair daí, ein."
Quase despencou da escada. Virou-se e viu a Ruth parada na porta do meu quarto. rsrsrs
"D. Ruth, pelo amor de Deus, quer me matar do coração?" risadas, gargalhadas... "O que a senhora está fazendo aqui?"
"Você demorou a aparecer, então vim ver onde estava."
Lembrei da música: "Estou decidido um invencível ser, seguindo os planos que tem para mim. Pois nada me abala, o Senhor não me esquece. Estou decidido viver para o Rei."
Foto: Ruth e sua neta Eliane
Um comentário:
É Prof. Raquel, Deus é mesmo tremendo e é por isso que eu O sigo e sirvo. Tenho mesmo de longe acompanhado esta história, e sei que sempre que venho visitar o seu blog irei encontrar algo de bom e que irá aumentar a minha fé, continue sempre compartilhando, pois com certeza muitas pessoas têm sido evangelizadas e vivificadas com estes testemunhos. Deus a abençoe e a toda a sua família.
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