"Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo." Filipenses 3:13 e 14.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Perdendo o Foco.
Mateus 14: 22-32: "E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só. E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário; Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? E, quando subiram para o barco, acalmou o vento."
Por que será que Pedro, conhecendo o poder de Jesus, deixou-se atingir pelo medo a ponto de quase afogar-se? Ele perdeu o foco. Desviou seu olhar de Jesus para a tempestade.
Quando morava em Campo Grande e trabalhava em Itaguaí, houve uma grande tempestade no Rio. Ao chegar próximo à rua de casa, vi que estava totalmente alagada, com água acima dos joelhos. Eu e meus colegas de trabalho que faziam o mesmo percurso, fizemos um cordão, dando-nos as mãos e seguimos naquela água imunda, cegos, pois não havia luz, não sabíamos onde havia buracos etc. Naquele dia tive medo.
Para fotografar o Rio Soberbo, tive que ficar sobre uma estreita faixa de ponte. Os caminhões passavam, causavam aquela ventania e faziam a ponte balançar. Enquanto olhava pela lente da câmera, minha coragem estava intacta, mas precisei olhar para baixo, onde o rio estava mais perigoso, bem abaixo de mim. Ao ver aquele turbilhão de águas, lembrei de todas as tragédias que acontecem no verão pelas chuvas que ocorrem no alto da serra. Ali, perdi o foco, um medo enorme tomou conta de mim e quase desisti. Tive que respirar fundo e lembrar do meu objetivo.
Em minha primeira visita ao Paraguai, resolvemos visitar as Cataratas de Foz do Iguaçu. Era época de cheia. As quedas estavam furiosas. A água vinha até nós em respingos e ficávamos totalmente molhados. Há um mirante, bem próximo de uma das quedas. Eu que gosto de uma aventura, fui andando para me aproximar cada vez mais. Enquanto admirava tamanha beleza, a coragem estava presente. De repente olhei para baixo e vi que estávamos pisando em uma espécie de construção vazada que nos deixava ver o rio tormentoso correndo por baixo, um abismo. Perdi o foco. Cheguei a recuar andando de costas até me sentir novamente segura.
O medo, a dúvida, a ansiedade, a descrença nos domina quando desviamos nosso olhar do ponto que realmente importa, do nosso porto seguro, dos nossos objetivos. Nesse momento, sucumbimos, afundamos. Se Pedro mantivesse seus olhos em Jesus, jamais teria medo da tempestade, pois conhecia seu Mestre.
domingo, 18 de novembro de 2012
A Casa do Oleiro.
Jeremias 18: 1-6: "A PALAVRA do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel."
Bom dia.
Para quem não conhece a história, Jeremias era um dos profetas de Israel. Deus lhe deu uma ordem para que descesse ao local onde vasos de barro eram feitos, a fim de que entendesse a mensagem que precisava levar.
Ser barro nas mãos de Deus é a maior prova de submissão que podemos dar-lhe. Dispor-se a ser quebrado e refeito quantas vezes for preciso. Fomos criados e separados para vasos de honra.
A decisão em ser maleável, boa argila nas mãos de Deus é nossa e não dEle. Quem já acompanhou o trabalho de um oleiro sabe, há barro que não se deixa moldar.
Jesus, em Lucas 5:37-38 afirma que ninguém coloca vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres, entornará e os odres se estragarão. O vinho novo deve ser colocado em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.
Não é fácil, eu sei, deixar-se moldar. Pode ser que leve tempo, traga dor e angústia, ansiedade e desespero. Afinal, entregar-se às mãos de alguém, em plena submissão é contra a nossa natureza. Lutamos sempre pela liberdade de escolher, de seguir nossos passos segundo nossas intenções, razão e coração. Entretanto, não estamos nos entregando às mãos de qualquer artífice, mas sim ao melhor de todos.
sábado, 17 de novembro de 2012
Isac
Salmo 126: 1-6: "QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos."
Aleluia!!!!
Seu nome? Isac.
Vocês o conhecem. É o irmão do Dudu.
Este Salmo é o próprio Isac. Tudo lhe traz alegria. Qualquer coisa, qualquer mimo, qualquer brinquedo...
Não precisa ser o melhor, basta ser.
Não precisa ser novo, basta ser.
Não precisa ser mais de um, basta ser.
Hoje, enquanto estava aqui, ouvia no rádio da minha mãe a música "Cântico de Colheita", da Comunidade Internacional da Zona Sul. Imediatamente me veio à mente o Isac dançando por ter ganhado o relógio do "Tio Paulo". Esqueceu-se do gesso.
Isac é simples como poucos. Ele nos emociona. É um escolhido. Dia desses orando por ele, começamos a chorar, mas não de tristeza e sim de alegria, agradecendo a Deus por ele existir.
Duvido!!!!
Meu marido, Paulo, vez ou outra tem a mania de desafiar-me para alguma coisa. É uma espécie de brincadeira para ver se eu, de fato, consigo fazer a tarefa. Ele sente prazer naquele meu olhar de triunfo ao final. rsrs
Aposta até palavras do dicionário e olha que eu estou ganhando de 5.825 a 5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mas ainda cabe recurso.
Desta vez ele descobriu uma flor minúscula nas raízes que pendem do abacateiro e duvidou que eu conseguisse fotografar. Lá fui eu, após ouvir o "duvido", tentar a façanha.
Mas nesse dia, um fato me veio à memória.
Ser caçula de muitos irmãos (homens) requer algumas táticas de sobrevivência.
Os meus irmãos sabiam que havia uma palavra que, para mim era como o "espinafre" para o Popeye. Ah, e eles usavam e abusavam. Era "duvido"!!!
Os meus irmãos sabiam que havia uma palavra que, para mim era como o "espinafre" para o Popeye. Ah, e eles usavam e abusavam. Era "duvido"!!!
Quando queriam que eu fizesse algo, por mais perigoso que fosse era só dizer a palavra mágica e lá ia eu, destemidamente, correr os riscos, me lascar toda. Descer ladeiras de bicicleta, subir nos mais altos galhos de árvores, enfrentar cães, pular cercas, socar alguém, enfrentar "gigantes".
A palavra "duvido" me deixava cega. rsrs
A palavra "duvido" me deixava cega. rsrs
Enquanto pensava nisso, comecei a rir e lembrei que não era só comigo que abusavam do "espinafre".
Certa noite, enquanto brincávamos, meu irmão Sérgio duvidou que meu sobrinho Jônatas me desse um tapa no rosto. Ele não pensou duas vezes. Foi onde eu estava e plaft.
Em outra ocasião eu teria partido pra cima dos dois e fosse o que Deus quiser.
Entretanto, naquele dia, resolvi ser caçula.
Abri a boca a chorar o mais alto que pude e fui correndo contar ao meu pai. Pensei: "agora eles vão ver".
Abri a boca a chorar o mais alto que pude e fui correndo contar ao meu pai. Pensei: "agora eles vão ver".
Mas o tiro saiu pela culatra. Meu pai resolveu dar uma lição em todos os envolvidos e conhecemos os poderes mágicos do seu cinto. rsrs
O Sérgio foi o primeiro a enfrentá-los. kkkkkk
Estava com uma bicicleta e ficava rodando em volta dela fugindo do meu pai que, furioso, dava lambadas ao ar, por baixo da bicicleta, por cima, por dentro do quadro etc. Pronto.
O Jônatas, pensando que era esperto, escondeu-se embaixo da mesa e ficou bem quietinho achando que o cinto do meu pai não tinha olhos. Ha, ha, ha... se deu mal.
Ao passar pela mesa, o cinto com olhos por todos os lados voou numa só lambada que o alcançou ali mesmo.
Eu e outras sobrinhas envolvidas na trama, corremos e como" santas", deitamos em nossas camas, nos cobrimos e fingimos dormir. Mais enganos. Descobrimos que outro poder mágico do cinto de meu pai era esticar-se como o Homem Elástico. Ele chegou bem silencioso e com uma só cintada atingiu todas na cama. kkkkkkkkkkkkkkk
Bem, pelo menos as cobertas amorteceram a dorzinha.
Qual o motivo de tanta falação??? É o "duvido". Sinto que, às vezes, preciso ouvi-lo de novo, sentir a adrenalina que a palavra causava em mim e lançar-me destemidamente rumo aos meus sonhos.
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Tudo começou quando...
meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.
Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.
Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".
Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.
Sou caçula de uma família com dez filhos.
Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.
Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.
E segui.
E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs
No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.
E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.
E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.
Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.
Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.
Estudei o que pude, como pude.
E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.
Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.
Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...
Lembra?? Jamais desistir!
Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.
E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.
Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...
E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.
As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.
Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.
Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.
Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.
Deus os abençoe.
Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.
Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".
Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.
Sou caçula de uma família com dez filhos.
Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.
Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.
E segui.
E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs
No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.
E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.
E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.
Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.
Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.
Estudei o que pude, como pude.
E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.
Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.
Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...
Lembra?? Jamais desistir!
Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.
E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.
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Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.
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