domingo, 18 de dezembro de 2011

Joca

Há muitas semelhanças, muitas mesmo. Tantas que pensam até serem os mesmos cães. 

A mesma implicância com o pastor do vizinho, o mesmo amor pela Mel, o mesmo jeito de se jogar no chão para dormir, a mesma forma de me acordar e, principalmente a mesma dedicação e fidelidade. 

Mas, em uma coisa, o Joca superou o Jiló: subir escadas. Jiló morria de medo. Tentamos ensiná-lo por diversas vezes, sem êxito. Por isso, era o único lugar onde não conseguia me acompanhar. Enquanto eu subia para fotografar pássaros, Jiló ficava ao pé da escada esperando. 

O Joca? Bastaram algumas lições e hoje ele se sente o "dono do mundo". Fico me perguntando qual serão seus "pensamentos" quando, lá de cima, sobre todos, fica como um radar, cabeça virando para cada lado, bem devagar, observando, observando. É um dos seus lugares preferidos. 

Quando pego a câmera, ele já sabe e, diferentemente do Jiló, sobe comigo as escadas, às vezes quase me derrubando para chegar na frente. Não contente com as escadas, resolveu explorar também o telhado. Vez ou outra, o silêncio da madrugada é quebrado... "blam, blam, blam". Após o susto inicial, identificamos seus  passos sobre nós. 

Dia desses o vizinho, dono do pastor "rival", veio perguntar que espécie de pássaro era aquela sobre o nosso telhado. Ficou encantado com a figura imponente do Joca, vigilante, atento a tudo e a todos. 

Como qualquer amiga zelosa, tenho receio. Sei lá se o Joca sai correndo atrás de um gato e resolve "voar" do telhado!!! Fico apreensiva e não resisto: "Joca, desce do telhado."







Joca... É amor demais. 






3 comentários:

GENNY LOPES disse...

É UM PÁSSARO,UM AVIÃO,NÃO!É O SUPERJOCA NO TELHADO.

zana disse...

A única diferença entre eles é que o jiló não subia nos telhados!!! tem que ter pelo menos uma diferença, né? o Joca ainda tem cara de filhote e bem levado por sinal. Tenha um ótimo final de semana!!!

ps.ainda não foi dessa vez. Não consegui ficar nas vagas para o MPE e agora para variar sairam dois editais que estão me deixando doidinha!!! TJ e TRF é prá ficar pirada de vez!!!!rsrsrs

Kátia Rocha disse...

Lindo!!! Joca, o Valente!!!

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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