domingo, 16 de maio de 2010

Um diálogo familiar...

Estava em frente ao computador, preparando material para vocês, quando ouvi um diálogo no quarto ao lado.

Minha mãe e Neuza (a secretária) conversavam animadamente.

Ruth: "O que será que o Paulo vai fazer hoje para o almoço?" Meu marido cozinha muito bem e ninguém se atreve a tomar o seu lugar por aqui. Só a Neuza, de vez em quando, faz um peixe delicioso.

Neuza: "Acho que é 'vaca-mole'."*

Ruth: "Vaca-mole? O que é isso? Nunca comi. É um tipo de bife ou ensopado diferente?"

Neuza: "Não, Ruth... é aquele negócio de abacate que a Raquel adora. Aquele que tem tomate, coentro... camarão... Sabe agora?"

Ruth: "Mas tem vaca no meio?"

Neuza: "Não."

Ruth: "Ué, esquisito."

Neuza: "Rutinha, eu bem inscrevi a gente em um concurso."

Ruth: "Quê?"

Neuza: "Concurso, vai dar um carro com uma casa na garagem."

Ruth: "Ué, vai caber?"

Neuza: "Ah, errei, mas você entendeu, né? É uma casa com um carro na garagem. O carro vai ser meu e a casa vai ser sua, tá?"

Ruth: "Tá bom, mas que concurso é esse?

Neuza: "Da Ajinomoto."

Ruth: "Deus me livre!!!"

Neuza: "Deus me livre o quê, Ruth?"

Ruth: "O homem já tá morto, deixe o homem em paz!"'

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

E eu tenho que ouvir isso e ainda fazer esquemas de DPU, MPU...

* Tradução: Guacamole é uma iguaria típica da culinária mexicana, servida com uma grande variedade de pratos.

6 comentários:

vitoria flavia disse...

ô Raqueli, que comédia!!! Essas duas dão o que falar!!! Tá pior que meus filhos rsrsrsrs

Professora Raquel Tinoco disse...

Menina!!! Eu só fico aqui morrendo de rir. A Neuza é muito engraçada e a Ruth complementa. rsrs

Anônimo disse...

Que dupla hein. Elas são bem divertidas !!!!
Rosana

Professora Raquel Tinoco disse...

Muito, muito mesmo!!!

Unknown disse...

Se Gabriel estivesse ai ia rir mto ra Neuza, e o pior ia falar:
Vó liga pra ela não q ela ta lele da cuca! kkkkkkkkkk
Só essas duas mesmo!

Professora Raquel Tinoco disse...

Pois é. As conversas dessas duas matam todos de rir.

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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