Guapimirim, 23 de janeiro - sem notícias.
Hoje, uma ligação e um e-mail. Recebeu minhas fotos com a família.
"Porto Príncipe, Haiti, 21 de janeiro de 2010 - 12 após o terremoto
Gente, o que isso?!?!?!?!?!?! kkkkkkkkkkk, parecem elefantes marinhos.
Quel, desculpe-me por não ter respondido antes. Estamos todos bem, graças a Deus, resistindo aos problemas do nosso dia a dia. O hospital de campanha continua a todo vapor e agora estamos entrando em outra fase, os atendimentos de traumas diminuiram mt e isso é mt bom, acabaram as amputações e agora estamos na fase ambulatorial. O grande problema é que os pacientes vêm ao hospital queixando-se de alguma enfermidade que não existe, querem apenas uma refeição e uma cama pra dormir. Os que recebem alta inventam novas doenças, pois não têm pra onde ir. Tivemos casos de mães que deram à luz aqui no hospital e não sabiam o q fazer com as crianças, queriam dar pros médicos. Estamos no nono dia de operação aqui no Haiti e começam a aparecer os primeiro sinais de estresse. Agora temos que ter mais cuidado nas relações. Faz dois dias que a terra não treme, contrariando as previsões de um outro terremoto ainda mais forte. Deus queira que estejam errados e se estiverem certos, que Ele não permita, pois será o fim deste pais. Gostei de ver a família reunida na casa do Valmir e acho que isso deveria ser mais constante, ele é um gigante só no tamanho, apesar da força que tem nos mostrado. Podemos marcar um churrasco na pousada, vamos comprar um boi bem grande e reunir a família (creio que um boi deva ser suficiente), faremos o churrasco e depois a gente se diverte com o nado assíncrono dos elefantes marinhos. rsrsrsrsrs
Bjos, minha querida, e obrigado pela força."
Guapimirim, 24 de janeiro de 2010.
Que alívio com as notícias. Também tenho medo das relações políticas. Estamos orando por isso também. Agora vamos interceder para que haja misericórdia, que nenhum outro grande tremor atinja o país.
A situação dos haitianos nos comove. Diferente do que ocorre em outros países, com suas catástrofes, para nós há um sentimento maior, porque muitos bem próximos estão aí. Vocês têm presenciado o sofrimento e ao passarem isso nos transmitem a emoção nas palavras. Sentimos muito por eles. Não podemos, é verdade, medir o tamanho da dor, mas tentamos nos colocar um pouco no lugar de cada um.
Bem, acho que um boi será o suficiente se Valmir e Toni estiverem de regime. rsrsrs Estar perto destes meninos é divertido demais. Fico feliz com o tamanho desta família. Meus "albinhos" de fotos quase não se repetem.
Não nos deixe sem notícias, nem que seja um oi. Amamos você.
Depois mando mais fotos.
"Porto Príncipe, Haiti, 21 de janeiro de 2010 - 12 após o terremoto
Gente, o que isso?!?!?!?!?!?! kkkkkkkkkkk, parecem elefantes marinhos.
Quel, desculpe-me por não ter respondido antes. Estamos todos bem, graças a Deus, resistindo aos problemas do nosso dia a dia. O hospital de campanha continua a todo vapor e agora estamos entrando em outra fase, os atendimentos de traumas diminuiram mt e isso é mt bom, acabaram as amputações e agora estamos na fase ambulatorial. O grande problema é que os pacientes vêm ao hospital queixando-se de alguma enfermidade que não existe, querem apenas uma refeição e uma cama pra dormir. Os que recebem alta inventam novas doenças, pois não têm pra onde ir. Tivemos casos de mães que deram à luz aqui no hospital e não sabiam o q fazer com as crianças, queriam dar pros médicos. Estamos no nono dia de operação aqui no Haiti e começam a aparecer os primeiro sinais de estresse. Agora temos que ter mais cuidado nas relações. Faz dois dias que a terra não treme, contrariando as previsões de um outro terremoto ainda mais forte. Deus queira que estejam errados e se estiverem certos, que Ele não permita, pois será o fim deste pais. Gostei de ver a família reunida na casa do Valmir e acho que isso deveria ser mais constante, ele é um gigante só no tamanho, apesar da força que tem nos mostrado. Podemos marcar um churrasco na pousada, vamos comprar um boi bem grande e reunir a família (creio que um boi deva ser suficiente), faremos o churrasco e depois a gente se diverte com o nado assíncrono dos elefantes marinhos. rsrsrsrsrs
Bjos, minha querida, e obrigado pela força."
Guapimirim, 24 de janeiro de 2010.
Que alívio com as notícias. Também tenho medo das relações políticas. Estamos orando por isso também. Agora vamos interceder para que haja misericórdia, que nenhum outro grande tremor atinja o país.
A situação dos haitianos nos comove. Diferente do que ocorre em outros países, com suas catástrofes, para nós há um sentimento maior, porque muitos bem próximos estão aí. Vocês têm presenciado o sofrimento e ao passarem isso nos transmitem a emoção nas palavras. Sentimos muito por eles. Não podemos, é verdade, medir o tamanho da dor, mas tentamos nos colocar um pouco no lugar de cada um.
Bem, acho que um boi será o suficiente se Valmir e Toni estiverem de regime. rsrsrs Estar perto destes meninos é divertido demais. Fico feliz com o tamanho desta família. Meus "albinhos" de fotos quase não se repetem.
Não nos deixe sem notícias, nem que seja um oi. Amamos você.
Depois mando mais fotos.
4 comentários:
Seu irmão está bem consciente do trabalho que tem feito no Haiti e ao mesmo tempo realista com os problemas daquele povo sofrido. Que Deus dê forças para ele continuar nesta missão (seus colegas também). Estamos orando para que tudo volte ao normal naquele país.
Rosana
Obrigada, Rô. Bjs
Eu sempre disse tia, meu pai é o cara. Estamos aguardando sua volta ansiosos, preocupados e muito orgulhosos. A tragédia é grande e o lamento maior mas cremos que Deus está neste lugar e cuidará de Seus filhos.
Força pai, força Haiti.
Força!!!
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