O G1 consultou especialistas da área para falar sobre cinco das principais organizadoras do país, que são responsáveis por concursos que envolvem grande número de concorrentes. Para eles, é fundamental que os candidatos façam provas anteriores para justamente se adaptar aos diferentes tipos de exames.
“Se o candidato analisa a prova antes de iniciar o estudo das matérias básicas, já direciona o estudo para aquela banca, já sabendo se as questões são mais teóricas ou objetivas, se interpretação conta mais que conhecimentos de gramática, se as questões são mais longas ou mais curtas”, diz Fábio Gonçalves, diretor executivo do curso preparatório Academia do Concurso.
Segundo ele, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) é a banca que mais difere das demais, pois é a única que aplica provas com questões no formato certo e errado e não de múltipla escolha.
“Esse modelo é excelente para o aluno que vem se preparando com antecedência, pois o Cespe/UnB traz questões multidisciplinares, envolvendo várias matérias na mesma pergunta.”
Gonçalves orienta o candidato a estudar, independente da banca, de forma multidisciplinar.
“Muitos alunos preferem estudar todo o conteúdo de determinada matéria e depois entrar em uma segunda disciplina. O que ocorre é que quando chega na terceira disciplina já esqueceu a primeira. O ideal é estudar uma matéria por dia.”
Para José Wilson Granjeiro, diretor financeiro-pedagógico do curso preparatório OBCursos, a grande dificuldade nas provas no Cespe/UnB é que os textos das questões e das respostas são longos, e o candidato pode não conseguir terminar a prova a tempo. “Tem que estar bem treinado, responder as que sabe rapidamente e, se tiver dúvida, pular a questão.”
Acertos mínimos
Gonçalves destaca que os candidatos devem prestar atenção no mínimo de acertos exigidos para cada prova. “Uma das grandes características da Esaf (Escola de Administração Fazendária) é pedir um mínimo de acertos por disciplina. No último concurso para auditor fiscal da Receita Federal, por exemplo, a Esaf exigiu mínimo de acerto de 40% por disciplina”, diz Gonçalves.
Segundo ele, no caso da Cesgranrio, foi exigido mínimo de acerto de 60% por grupos de matérias (disciplinas que têm conteúdo em comum, como os diferentes tipos de direito, por exemplo) no concurso da Petrobras realizado no ano passado. “Mas a prova apresentou textos relativamente curtos e com questões bem objetivas”, diz Gonçalves.
De acordo com Granjeiro, a Cesgranrio costuma extrair textos de revistas para os enunciados, e os textos para interpretação são longos. Além disso, as questões de raciocínio lógico e matemática costumam ser trabalhosas.
No caso da Esaf, segundo Granjeiro, o candidato pode encontrar maior dificuldade na prova de português, pois os textos e as alternativas costumam ser extensos.
Ele diz que nas provas da Fundação Carlos Chagas, os enunciados das questões costumam ser longos, mas as alternativas são diretas.*
Nota: Eu particularmente acho que os enunciados do Cespe/Unb costumam ser longos, assim como as provas da Esaf. O Cespe é uma banca que exige maior raciocínio, não gosta de letra de lei.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos