domingo, 3 de janeiro de 2010

Mestre dos Mestres

Cerca de 9 a 12 horas antes de ser crucificado, Jesus se encontrava no Jardim do Getsêmani. Seu coração estava ofegante, taquicárdico. Seus pulmões procuravam mais oxigênio. Ele havia predito quatro vezes como morreria. Agora se preparava para a longa noite de escárnio, deboche e açoites e, em seguida, para a crucificação.

Bebia seu cálice amargo na mente. Tinha de se preparar para suportar o insuportável.

Tinha vontade de fugir, mas permanecia. Seu desejo? Fazer a vontade do Pai.

Jesus estava no apogeu da fama. Se quisesse ser um herói religioso, poderia esconder seu drama, camuflar sua fragilidade. Chamou três discípulos, Pedro, Tiago e João, e teve a coragem e desprendimento de dizer-lhes que sua alma estava profundamente deprimida até a morte. Sabia que Pedro o negaria e que os dois irmãos, Tiago e João, o abandonariam. Mas mesmo assim, foi honesto e transparente.

Ensinou-nos, assim, a agir da mesma forma, mesmo quando as pessoas nos decepcionam.

Ensinou-nos a não vivermos isolados. Muitos não entendem que foram os seus pequenos e não seus grandes gestos, os mais espetaculares.

Ele nos ensinou a encontrar a grandeza na pequenez, coragem na fragilidade, nobreza nas perturbações.

Gostamos de repartir o sucesso, mas somos péssimos em compartilhar os fracassos, os temores e as angústias.

As sociedades modernas tornaram-se fábricas de pessoas que simulam suas reações. Grande parte dos sorrisos são disfarces.

Foi nesse clima que Jesus, horas antes de morrer, viveu intensamente um dos pensamentos mais vivos na oração do Pai Nosso: "Faça-se a Tua vontade assim na Terra como no céu".

Jesus clamou: "Pai, afasta de mim este cálice, mas não se faça a minha vontade, mas a Tua vontade."

A vontade do seu Pai estava em jogo. Se Jesus quisesse, sua vontade prevaleceria.

No Jardim das Oliveiras, Jesus viveu o que pregou no Sermão da Montanha. É significativo. As azeitonas são prensadas para produzir um rico azeite. O Mestre da Vida foi prensado pela dor. Jesus não era um suicida. Raramente alguém amou a vida tão intensamente quanto Ele. Apenas, num ato de amor inigualável, estava disposto a ir até o fim.

Adaptado de "Os Segredos do Pai Nosso"
Augusto Cury

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Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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