Você, com certeza, ouviu falar de Susan Boyle. Susan é filha de Patrick, um vendedor da fábrica British Leyland de Bathgate e de Bridget Boyle, uma datilógrafa.
A mais nova de quatro irmãos e seis irmãs, nasceu quando sua mãe tinha 47 anos. Foi um parto difícil e Susan ficou brevemente sem oxigénio, sofrendo pequenos danos cerebrais.
Diagnosticaram-na como sendo uma pessoa com algumas dificuldades de aprendizagem.
A mais nova de quatro irmãos e seis irmãs, nasceu quando sua mãe tinha 47 anos. Foi um parto difícil e Susan ficou brevemente sem oxigénio, sofrendo pequenos danos cerebrais.
Diagnosticaram-na como sendo uma pessoa com algumas dificuldades de aprendizagem.
Após deixar a escola, foi empregada na cozinha do colégio West Lothian. Ela costumava ir ao teatro para assistir cantores profissionais e em 1995 concorreu no programa de Michael Barrymore chamado My Kind of People. Naquela época declarou ter ficado muito nervosa para se sair bem.
Susan, além de sua limitação física, não gostava muito de sua aparência, certamente porque muitos a julgaram por isso. Mas queria ser uma cantora profissional. Teve aulas de canto e em 1999 fez sua única gravação, para um CD de caridade, cantando Cry Me a River.
O pai de Susan morreu nos anos 90, e seus irmãos partiram de casa, ficando para ela a responsabilidade de cuidar sozinha da mãe que também veio a falecer em 2007, aos 91 anos.
Susan continuou a viver na casa de quatro cômodos da família, junto ao seu gato Pebbles.
A mãe fora uma incentivadora da carreira musical da filha, tendo Susan vencido inúmeros concursos locais de canto, e insistiu para que ela concorresse no Britain's Got Talent, famoso programa de calouros, afirmando que deveria correr o risco de cantar para um grande público em vez da igreja local.
Susan disse que não estava pronta para fazer isso.
Em agosto de 2008 Susan tomou conhecimento de que o Britain's Got Talent realizaria seleções.
Viu a possibilidade de seu sonho tornar-se realidade e viu ainda a possibilidade de ouvir o conselho da mãe. Ela se inscreveu e foi convocada para a audição que ocorreu em Glasgow em janeiro de 2009 e foi ao ar em 11 de abril de 2009.
Ela cantou a canção "I Dreamed a Dream" do musical "Os miseráveis" na fase preliminar do Britain's Got Talent, que foi assistida por mais de 10 milhões de espectadores .
O vídeo com a performance de Susan foi amplamente divulgado e mais de 200 milhões de pessoas o assistiram no Youtube.
O impacto desta reação foi surpreendente.
Mas quando, curiosa, fui dar uma olhada no vídeo, pude constatar o que corriqueiramente fazemos uns aos outros. Susan entrou naquele auditório vestida simplesmente. O público a olhou com desdém e os jurados perguntaram qual era o seu sonho.
Susan respondeu que queria ser uma cantora profissional.
Me surpreendi com o sorriso de surpresa daquela multidão. Acostumada a ver o impossível transformar-se em possível, não estranhei sua aparência. Convivo com pessoas que, como Susan, atropelam as adversidades e conseguem alcançar seus sonhos. Há sempre mais a se ver do que aquilo que está aparente.
Susan tinha consciência do que o auditório do Britain's Got Talent estava pensando, mas por que isso a preocuparia se o que queria era cantar? Não era um concurso de beleza.
Mais uma pergunta foi feita. Por que Susan não tinha conseguido ser, até aquele momento, uma cantora profissional? Ela respondeu que não tivera uma chance. Ninguém julgou possível que isso pudesse ser real.
Julgaram-na por suas limitações. Prenderam-na dentro dos limites daquilo que imaginavam ser o ideal. Mas Susan não conhecia tais limites.
O auditório espera. Susan se preparava para cantar. Os olhares? De descrença. Estava prontos para ouvir algo muito ruim, tão ruim quanto a aparência daquela mulher de quarenta e poucos anos.
Mas... de repente uma linda voz, mais que isso, uma voz exuberante começa a ser ouvida.
Incrédulo, surpreso, o público custava a acreditar que era dela. Silêncio absoluto. Todos estavam estáticos. Como isso era possível????
Ora, muito simples, a chance de Susan foi dada quando ela nasceu. Talvez ela não soubesse disso e talvez ainda não saiba. Mas sua chance ocorreu no mesmo momento em que nascia.
Susan ficou com o segundo lugar na competição.
Sua voz nos encantou. Nem todo o sofrimento, humilhação ou rejeição puderam tirar dela seu dom mais sublime, sua voz, sua vontade de ser ouvida.
Susan pode não ter percebido sua chance, mas nós a agradecemos pela nossa chance de conhecê-la e de admirar sua coragem e força.
Após a final do concurso, Susan esteve internada em uma clínica psiquiátrica para se recuperar de toda a pressão.
Mas já está de volta.
Seja bem-vinda, Susan.
Eu, particularmente, fico feliz por acreditar em alguém que nunca nos julga pela aparência.
Lucas 20:21 - "Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas a verdade."
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