sábado, 17 de novembro de 2012

Isac

Salmo 126: 1-6: "QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos." 

Aleluia!!!!

Tenho aprendido enormes lições com um menino. 

Seu nome? Isac. 

Vocês o conhecem. É o irmão do Dudu. 

Este Salmo é o próprio Isac. Tudo lhe traz alegria. Qualquer coisa, qualquer mimo, qualquer brinquedo... 

Não precisa ser o melhor, basta ser. 
Não precisa ser novo, basta ser. 
Não precisa ser mais de um, basta ser. 

Hoje, enquanto estava aqui, ouvia no rádio da minha mãe a música "Cântico de Colheita", da Comunidade Internacional da Zona Sul. Imediatamente me veio à mente o Isac dançando por ter ganhado o relógio do "Tio Paulo". Esqueceu-se do gesso. 

Isac é simples como poucos. Ele nos emociona. É um escolhido. Dia desses orando por ele, começamos a chorar, mas não de tristeza e sim de alegria, agradecendo a Deus por ele existir.

Duvido!!!!

Meu marido, Paulo, vez ou outra tem a mania de desafiar-me para alguma coisa. É uma espécie de brincadeira para ver se eu, de fato, consigo fazer a tarefa. Ele sente prazer naquele meu olhar de triunfo ao final. rsrs 

Aposta até palavras do dicionário e olha que eu estou ganhando de 5.825 a 5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Mas ainda cabe recurso. 

Desta vez ele descobriu uma flor minúscula nas raízes que pendem do abacateiro e duvidou que eu conseguisse fotografar. Lá fui eu, após ouvir o "duvido", tentar a façanha. Mas nesse dia, um fato me veio à memória. 
Ser caçula de muitos irmãos (homens) requer algumas táticas de sobrevivência. 

Os meus irmãos sabiam que havia uma palavra que, para mim era como o "espinafre" para o Popeye. Ah, e eles usavam e abusavam. Era "duvido"!!! 

Quando queriam que eu fizesse algo, por mais perigoso que fosse era só dizer a palavra mágica e lá ia eu, destemidamente, correr os riscos, me lascar toda. Descer ladeiras de bicicleta, subir nos mais altos galhos de árvores, enfrentar cães, pular cercas, socar alguém, enfrentar "gigantes". 

A palavra "duvido" me deixava cega. rsrs 
Enquanto pensava nisso, comecei a rir e lembrei que não era só comigo que abusavam do "espinafre". Certa noite, enquanto brincávamos, meu irmão Sérgio duvidou que meu sobrinho Jônatas me desse um tapa no rosto. Ele não pensou duas vezes. Foi onde eu estava e plaft. 

Em outra ocasião eu teria partido pra cima dos dois e fosse o que Deus quiser. Entretanto, naquele dia, resolvi ser caçula. 



Abri a boca a chorar o mais alto que pude e fui correndo contar ao meu pai. Pensei: "agora eles vão ver". 

Mas o tiro saiu pela culatra. Meu pai resolveu dar uma lição em todos os envolvidos e conhecemos os poderes mágicos do seu cinto. rsrs 
O Sérgio foi o primeiro a enfrentá-los. kkkkkk

Estava com uma bicicleta e ficava rodando em volta dela fugindo do meu pai que, furioso, dava lambadas ao ar, por baixo da bicicleta, por cima, por dentro do quadro etc. Pronto. 

O Jônatas, pensando que era esperto, escondeu-se embaixo da mesa e ficou bem quietinho achando que o cinto do meu pai não tinha olhos. Ha, ha, ha... se deu mal. 




Ao passar pela mesa, o cinto com olhos por todos os lados voou numa só lambada que o alcançou ali mesmo.
Eu e outras sobrinhas envolvidas na trama, corremos e como" santas", deitamos em nossas camas, nos cobrimos e fingimos dormir. Mais enganos. Descobrimos que outro poder mágico do cinto de meu pai era esticar-se como o Homem Elástico. Ele chegou bem silencioso e com uma só cintada atingiu todas na cama. kkkkkkkkkkkkkkk 

Bem, pelo menos as cobertas amorteceram a dorzinha. 


Qual o motivo de tanta falação??? É o "duvido". Sinto que, às vezes, preciso ouvi-lo de novo, sentir a adrenalina que a palavra causava em mim e lançar-me destemidamente rumo aos meus sonhos.




Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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