terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tempestades...

Conta-se que certa vez um grande pintor convidou um amigo para ir ao seu estúdio.

Queria que este visse uma obra em que retratava uma tempestade em alto mar.

O amigo ficou fortemente impressionado com a pintura. "Como foi que conseguiu pintar isso?"

O pintor explicou: Eu queria muito retratar uma tempestade em alto mar. Então viajei para o litoral e lá contratei um pescador para que me levasse mar adentro, na primeira vez em que se prevesse um temporal.

Quando a tormenta começou a se formar, fui ao pescador e lhe pedi que me amarrase no mastro do barco . Em seguida navegamos em direção à tempestade.

A chuva e os ventos eram tão fortes que senti vontade de me abrigar no fundo da embarcação e esperar que ela passasse. Agora porém era tarde, estava amarrado ao mastro.

Então além de ver a tempestade, senti todo o seu impacto. Ela se abateu de tal forma sobre mim que parecia que me tornara parte dela. Depois voltei e pintei o quadro.

A experiência do pintor é um paralelo do que ocorre na vida. Por vezes temos tempo nublado, por vezes, ensolarado. Algumas vezes temos prazer, outras vezes temos dor.

A vida é uma mistura de felicidades e tristezas. Aquele que se dispõe a aceitar tudo, a encarar tudo e deixar que a vida venha sobre ele com toda sua força, mistério e tragédia, atingindo até o mais profundo do seu ser, esse sai dela enriquecido.

A vitória que conquistamos dessa maneira é nossa e ninguém pode nos tirar por toda a eternidade.


Adaptado de Fontes no vale
Lettie Cowman

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