domingo, 20 de julho de 2008

A glória de amanhã tem suas raízes no sofrimento de hoje...


Brilhar custa sempre alguma coisa. A luz só brilha às custas daquilo que a produz. Uma vela não produz luz se não for acesa. Ela precisa arder, para brilhar. Não podemos ser de grande utilidade para os outros sem que isso nos custe. Arder sugere sofrimento. E sempre nos retraímos à idéia de sofrer.

Somos inclinados a pensar que estamos fazendo o maior bem ao mundo, quando somos fortes e capazes para o dever ativo e quando temos o coração e as mãos cheios de bons serviços.

Quando somos postos à parte e nos sobrevém o abatimento, o desânimo toma conta da nossa vida, quando atividades que nos dão prazer têm que ser deixadas de lado, quando nos atinge a desilusão, sentimos que não temos utilidade alguma, que nada estamos fazendo.

Mas se formos pacientes e perseverantes, agindo com tenacidade, é quase certo que produziremos mais em nosso tempo de sofrimento e dor, do que nos dias em que pensávamos estar fazendo o máximo do nosso trabalho.

Estamos ardendo, agora, e brilhando, porque estamos ardendo.

Adaptado de Manancias no Deserto

Histórias de Sucesso

Nas minhas buscas por frases e textos, deparei-me com Fernando Pessoa e por ele me apaixonei. Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa e lá morreu em 1935. Poucas vezes deixou a cidade em adulto, mas passou nove anos da sua infância em Durban, na colônia britânica da África do Sul, onde o seu padrasto era o cônsul Português. Pessoa, que tinha cinco anos quando o seu pai morreu de tuberculose, tornou-se um rapaz tímido e cheio de imaginação, e um estudante brilhante.

Pouco depois de completar 17 anos, voltou para Lisboa para entrar na universidade, que cedo abandonou, preferindo estudar por sua própria conta, na Biblioteca Nacional, onde leu sistematicamente os grandes clássicos da filosofia, da história, da sociologia e da literatura, principalmente a portuguesa. O objetivo era completar e expandir a educação tradicional inglesa que recebera na África do Sul.

Vivendo por vezes com parentes, outras vezes em quartos alugados, Pessoa ganhava a vida fazendo traduções ocasionais e redação de cartas em inglês e francês para firmas portuguesas com negócios no estrangeiro.

Embora solitário por natureza, com uma vida social limitada e quase sem vida amorosa, foi um líder ativo do movimento Modernista em Portugal.

Pessoa manteve-se afastado dos holofotes, exercendo a sua influência, todavia, através da escrita e das tertúlias com algumas das mais notáveis figuras literárias portuguesas.

Respeitado em Lisboa como intelectual e como poeta, publicou regularmente o seu trabalho em revistas, boa parte das quais ajudou a fundar e a dirigir, mas o seu gênio literário só foi plenamente reconhecido após a sua morte.

No entanto, Pessoa estava convicto do próprio gênio, e vivia em função da sua escrita. Embora não tivesse pressa em publicar, tinha planos grandiosos para edições da sua obra completa em Português e Inglês e, ao que parece, guardou a quase totalidade daquilo que escreveu.

Em 1920, a mãe de Pessoa, após a morte do segundo marido, deixou a África do Sul de regresso a Lisboa. Pessoa alugou um andar para a família reunida - ele, a mãe, a meia irmã e os dois meios irmãos - na Rua Coelho da Rocha, nº 16, naquela que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Foi aí que Pessoa passou os últimos 15 anos da sua vida - na companhia da mãe até à morte desta, em 1925, e depois com a meia irmã, o cunhado e os dois filhos do casal.

Familiares de Pessoa descreveram-no como afetuoso e bem humorado, mas firmemente reservado. Ninguém fazia ideia de quão imenso e variado era o universo literário acumulado no grande baú onde ele ia guardando os seus escritos ao longo dos anos.

O conteúdo desse baú - que hoje constitui o Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa - compreende os originais de mais de 25 mil folhas com poesia, prosa, peças de teatro, filosofia, crítica, traduções, teoria linguística, textos políticos, horóscopos e outros textos sortidos, tanto datilografados como escritos ou rabiscados ilegivelmente à mão, em Português, Inglês e Francês.

Pessoa escrevia em cadernos de notas, em folhas soltas, no verso de cartas, em anúncios e panfletos, no papel timbrado das firmas para as quais trabalhava e dos cafés que frequentava, em sobrescritos, em sobras de papel e nas margens dos seus textos antigos.

Para aumentar a confusão, escreveu sob dezenas de nomes, uma prática - ou compulsão - que começou na infância. Chamou heterônimos aos mais importantes destes "outros", dotando-os de biografias, características físicas, personalidades, visões políticas, atitudes religiosas e atividades literárias próprias.

Algumas das mais memoráveis obras de Pessoa escritas em Português foram por ele atribuídas aos três principais heterônimos poéticos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos - e ao "semi-heterônimo" Bernardo Soares, enquanto que a sua vasta produção de poesia e prosa em Inglês foi, em grande parte, creditada aos heterônimos Alexander Search e Charles Robert Anon, e os seus textos em francês ao solitário Jean Seul.

Os seus muitos outros alter-egos incluem tradutores, escritores de contos, um crítico literário inglês, um astrólogo, um filósofo e um nobre infeliz que se suicidou. Havia até um seu "outro eu" feminino: a corcunda e perdidamente enamorada Maria José.

No virar do século, sessenta e cinco anos depois da morte de Pessoa, o seu vasto mundo literário ainda não está completamente inventariado pelos estudiosos, e uma importante parte da sua obra continua à espera de ser publicada.

Fonte: Casa Fernando Pessoa

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Fernando Pessoa

PGE - Avaliação Especial de Desempenho

A Lei 4.720/06, que cria os cargos da carreira do Quadro de Apoio da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, estabelece a avaliação especial de desempenho para os servidores aprovados no concurso de provas ou provas e títulos.

Além das previsões do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei 220/75 e Decreto 2479/79), tais como estágio experimental de 06 a 12 meses, o servidor da Procuradoria será submetido à avaliação anual, segundo critérios a serem definidos e aprovados por Resolução do PGE.

A avaliação tem por objetivo a confirmação no cargo e aquisição da estabilidade, sendo realizada durante o estágio probatório.

Trata-se de previsão única, uma vez que o Estatuto não menciona o estágio probatório.

Os candidatos devem se preender às normas estatutárias, sem deixar de lado as normas específicas.

Então, a conclusão a que chegamos é a de que o servidor, aprovado em concurso de provas ou provas e títulos para a Procuradoria-Geral do Estado, submetido a exame médico e considerado apto ao exercício das atribuições do cargo, será designado para estágio experimental de 06 a 12 meses. Habilitado no estágio experimental, será nomeado e continuará sendo avaliado anualmente, até adquirir a estabilidade. (Art. 10 da Lei 4720/06)