domingo, 24 de agosto de 2008

A Luz nas Trevas


Li em algum lugar que o passarinho não canta o que o dono deseja, se a sua gaiola estiver em plena claridade.

Aprende um trechinho disto, outro daquilo, mas nunca uma melodia inteira, até que a gaiola seja coberta e impedido ali de entrarem os raios de sol.

Muitas pessoas nunca aprendem a cantar, até que as sombras caiam sobre sua vida.

O rouxinol canta comprimindo o peito contra um espinho.

É realmente difícil valorizar as derrotas, batalhas e conquistas se o céu da sua vida nunca se escureceu.



A luz surge nas trevas, a manhã surge do seio da noite.



James Creelman descreve uma de suas viagens através dos Estados dos Bálcans, à procura de Natalie, a rainha exilada da Sérbia.

"Nessa memorável viagem", diz ele, "fiquei sabendo que o suprimento de essência de rosas para o mundo vem das montanhas dos Bálcans. E o que mais me interessou", continua ele , "é que as rosas precisam ser colhidas nas horas mais escuras. Os colhedores começam a apanhá-las à uma da madrugada e param às duas. A princípio pareceu-me uma refinada superstição; mas investiguei o pitoresco mistério e aprendi que testes científicos haviam comprovado que na realidade quarenta por cento da fragrância das rosas desaparecia com a luz do dia".

E na vida do homem isto não é um conceito fantasioso ou imaginoso: é um fato.

A escuridão nem sempre é desprovida de luz. Não se deve desanimar, às vezes, a última chave do molho é aquela que abre a porta.

Adaptado de Manancias no deserto.

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